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Justiça dos EUA derruba sigilo de relatório da eleição de 2016
Por Agência Estado
11 de março de 2020, às 07h22 • Última atualização em 11 de março de 2020, às 12h44
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A Justiça dos EUA decidiu nesta terça-feira, 10, que o Departamento de Justiça deve divulgar aos parlamentares democratas a íntegra do relatório de Robert Mueller, investigação conduzida pelo procurador especial que apurou a interferência russa em favor do presidente Donald Trump, na eleição de 2016.
A sentença, que ainda cabe recurso, é uma vitória para os deputados e senadores democratas, que tentam acesso ao documento, que só teve divulgação parcial. O relatório foi usado como guia do processo de impeachment de Trump – que foi aprovado pela Câmara dos Deputados, mas rejeitado pelo Senado.
Segundo a juíza Judith Rogers, responsável pela decisão, todas as investigações dos grandes júris são registros que pertencem ao Judiciário e não ao Departamento de Justiça. De acordo com trechos do relatório que se tornaram públicos, pessoas ligadas à equipe de Trump mantiveram contatos com a Rússia durante a campanha eleitoral e, mais tarde, o próprio presidente tentou demitir Mueller, que concluiu as investigações em março de 2017.
No entanto, o relatório de Mueller aponta não haver provas suficientes para acusações formais de conspiração do presidente americano com a Rússia na eleição de 2016 ou posterior obstrução de Justiça. “Embora este relatório não conclua que o presidente cometeu um crime, ele também não o isenta”, escreveu Mueller. (Agências Internacionais)