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Mundo

Irã tem dívidas pagas pela Coréia do Sul e deve recuperar direito ao voto na ONU

Por Agência Estado

23 de janeiro de 2022, às 11h01 • Última atualização em 23 de janeiro de 2022, às 14h02

Usando fundos bancários iranianos liberados de sanções americanas, a Coreia do Sul pagou a dívida de US$ 18 milhões do Irã junto às Nações Unidas, afirmou Seul neste domingo. A medida foi aparentemente aprovada por Washington para restaurar os direitos de voto de Teerã no órgão global, que estavam suspensos. O Ministério de Relações Exteriores da Coreia do Sul afirmou que Seul pagou o montante usando recursos iranianos congelados no país após consulta ao Tesouro dos Estados Unidos – um possível sinal de flexibilidade em meio a negociações nucleares frustradas.

O Ministério afirmou esperar que os direitos de voto do Irã sejam restaurados imediatamente após a suspensão este mês por inadimplência.

A missão do Irã na ONU não respondeu imediatamente a pedidos de comentário. Mas o braço de língua inglesa da TV estatal iraniana citou o representante permanente do Irã na ONU confirmando que a dívida tinha sido paga e que o direito ao voto do país será restaurado em breve. Ele não especificou como o valor foi pago.

“A República Islâmica do Irã, como membro ativo da Organização das Nações Unidas, sempre se comprometeu a pagar suas tarifas em dia”, afirmou Majid Takht-e Ravanchi. Ele expressou indignação com os EUA pelo que chamou de “sanções brutais e unilaterais contra o Irã” que preveniram Teerã de ter acesso a recursos para pagar os atrasados nos últimos dois anos.

Os fundos tinham sido apreendidos em bancos coreanos em sanção imposta pelo ex-presidente dos EUA Donald Trump após ele retirar os EUA do acordo nuclear de Teerã com potências globais. O escritório de Controle de Ativos Estrangeiros do Departamento do Tesouro dos EUA deve dar uma licença para essas transações sob as sanções bancárias impostas ao Irã. O Tesouro não respondeu imediatamente a pedidos de comentário sobre os fundos descongelados.

O governo Biden quer retomar o acordo nuclear de 2015, que aliviou as sanções sobre o Irã em troca de freios em seu programa nuclear. Diplomatas agora participam de negociações delicadas para ressuscitar o acordo em Viena, embora ainda não haja acordo já que o Irã abandona qualquer limitação imposta a seu enriquecimento nuclear.

Sob as regras da ONU, um país que deve os dois anos anteriores de pagamentos perde o direito de votação na Assembleia Geral.

(Com Associated Press)

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