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Aos 85 anos

Ex-presidente do Uruguai, Mujica anuncia fim de carreira política

Ele informou ainda que deixará em breve o cargo de senador por motivos de saúde e por idade avançada

Por Agência Estado

28 de setembro de 2020, às 16h47 • Última atualização em 28 de setembro de 2020, às 18h09

O ex-presidente uruguaio José “Pepe” Mujica (2010-2015) informou que deixará em breve o cargo de senador por motivos de saúde e por idade avançada. Ele explicou nesta segunda-feira (28) que cumprirá o mandato até outubro e se retirará definitivamente da política por conta de uma doença imunológica crônica.

“Amo política e não quero ir embora, mas amo ainda mais a vida. E já que estou para ir embora, tento esticar os minutos que me restam. Que defeito, hein?”, disse à imprensa o senador da Frente Ampla, coalizão de esquerda que governou o Uruguai entre 2005 e 2020, momentos antes de votar nas eleições locais, no domingo. O ex-presidente revelou que, por conta da doença imunológica, não poderá tomar uma vacina contra o novo coronavírus (Sars-CoV-2) quando esta for disponibilizada.

Apesar de ele próprio ter insinuado antes que deixaria o Senado em outubro – pelo qual conquistou uma vaga nas eleições de 2019 – no domingo, ele comentou que, se puder, “deixará o cargo mais cedo”. Ele havia renunciado ao cargo no Senado em 2018, alegando que “estava cansado da longa viagem” e se afastaria “antes de morrer de velho”, mas decidiu voltar ao Congresso no ano passado.

“Estou prestes a sair por causa da minha idade, porque tenho uma doença imunológica crônica e é lógico que a política obriga as relações sociais. Se tenho de me cuidar, não posso falar, e não posso ir de um lado e para o outro, então estou como um mau senador”, argumentou Mujica, que fez 85 anos em maio.

O ex-presidente, que fez campanha apoiando um dos três candidatos da Frente Ampla para a Prefeitura de Montevidéu, Álvaro Villar, dedicou especial atenção às eleições locais de domingo.

“Se o mundo continuar esse processo de globalização, as questões municipais provavelmente assumirão cada vez mais importância, enquanto as questões nacionais serão regidas por tratados e convenções internacionais”, disse ele.

Cerca de 2,7 milhões de eleitores participaram da votação nos 7.130 centros para eleger os governantes de seus 19 departamentos (províncias) e 125 municípios para o período 2020-2025.

As eleições foram marcadas pela emergência sanitária pela qual passa o Uruguai desde 13 de março, quando foram detectados os primeiros casos de covid-19 no país sul-americano.

Essas eleições estavam marcadas para 10 de maio, mas, para evitar mais infecções em um dia de possível aglomeração, decidiu-se adiá-las até setembro. (Com agências internacionais)

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