28 de março de 2024 Atualizado 09:28

8 de Agosto de 2019 Grupo Liberal Atualizado 13:56
MENU

Publicidade

Compartilhe

Mundo

EUA já aplicaram 143 milhões de doses de vacinas contra covid-19

Por Agência Estado

28 de março de 2021, às 19h37 • Última atualização em 29 de março de 2021, às 07h28

Os Estados Unidos já aplicaram 143.462.691 doses de vacinas contra a covid-19 até a manhã deste domingo, segundo levantamento do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC). O número de doses distribuídas no país totaliza 180.646.465.

Ainda conforme o levantamento do CDC, 28,2% dos americanos receberam pelo menos uma dose, enquanto 15,5% já receberam a imunização completa.

O maior volume de doses administradas foi da vacina da Pfizer-BioNTech (72.981.111), seguido pela da Moderna (67.249.447) e da Johnson & Johnson/Janssen (3.090.712), segundo o CDC. As vacinas não identificadas somavam 141.421 doses, conforme o levantamento.

Na França, médicos de cuidados intensivos em Paris afirmam que o aumento de infecções por coronavírus pode em breve sobrecarregar a sua capacidade de cuidar dos doentes em hospitais da capital, possivelmente forçando-os a escolher quais pacientes eles têm recursos para salvar. As advertências preocupantes foram feitas neste domingo em seções de opinião de jornais assinadas por dezenas de médicos da região de Paris.

Os médicos se manifestaram em resposta ao presidente francês Emmanuel Macron, que tem defendido vigorosamente sua decisão de não bloquear completamente a França novamente como fez no ano passado. Escrevendo no Le Journal du Dimanche, 41 médicos de hospitais da região de Paris previram que novas restrições mais brandas impostas neste mês em Paris e algumas outras regiões não controlarão rapidamente a pandemia. Eles alertaram que os recursos dos hospitais não serão capazes de acompanhar as necessidades, forçando-os a praticar a “medicina da catástrofe” nas próximas semanas à medida que os casos atingem o pico.

“Já sabemos que nossa capacidade de oferecer atendimento será sobrecarregada”, escreveram os médicos. “Seremos obrigados a fazer a triagem de pacientes para salvar o maior número de vidas possível. Esta triagem envolverá todos os pacientes, com e sem covid, em particular para o acesso de pacientes adultos a cuidados intensivos.”

Outro grupo de nove médicos intensivistas escreveu no jornal Le Monde que as unidades de terapia intensiva em Paris podem ter que recusar pacientes. “A situação atual tende à priorização, também chamada de ‘triagem'”, escreveram. “Quando apenas uma cama de UTI estiver disponível, mas dois pacientes poderiam se beneficiar, consiste em decidir qual deles será admitido (e talvez sobreviverá) e qual não será admitido (e bastante provavelmente morrerá). É para onde estamos indo.” Eles acusaram o governo de Macron de hipocrisia “ao obrigar os trabalhadores de cuidados com a saúde a decidir qual paciente deve viver e qual deve morrer, sem afirmar isso tão claramente”.

Mais de 7,7 milhões de pessoas – cerca de 15% de todos os adultos franceses – tiveram pelo menos uma injeção das vacinas Pfizer, Moderna ou AstraZeneca. O governo diz que o ritmo continuará a aumentar, com a França esperando
obter 3 milhões de doses adicionais da Pfizer nesta semana.

O czar da vacina da União Europeia, Thierry Breton, disse à rádio francesa RTL neste domingo que o bloco entregará 420 milhões de doses da vacina aos seus países membros até 15 de julho. “As vacinas estão chegando”, disse.

Breton também revelou uma proposta de modelo de certificado de saúde da UE que permitiria que os moradores do bloco cruzem suas fronteiras internas com mais facilidade. O certificado mostra se as pessoas foram vacinadas, testaram negativo para coronavírus ou se recuperaram do vírus. Ele disse que o certificado seria opcional e pode estar disponível em meados de junho.

Na Áustria, autoridades disseram que as pessoas que vivem em grande parte do oeste da região do Tirol precisarão fazer um teste de coronavírus antes de viajar para outro lugar por causa de preocupações sobre os casos de novas variantes detectados por lá. As autoridades disseram neste domingo que no distrito de Kufstein, no Tirol, foram 216 casos confirmados de uma variante do vírus detectada pela primeira vez na Grã-Bretanha, que desde então ganhou uma nova mutação que poderia tornar o vírus mais resistente a vacinas.

A mesma mutação – conhecida como E484K – também é encontrada nas variantes detectadas pela primeira vez na África do Sul e no Brasil. Pessoas que desejam deixar o distrito de Kufstein precisarão fornecer um exame PCR negativo entre 31 de março e 14 de abril.

O primeiro lote de vacinas AstraZeneca chegou neste domingo em Kosovo, o último país do continente europeu a iniciar a vacinação. As autoridades disseram que receberam 24 mil vacinas por meio do sistema Covax, que serão usadas em equipes de saúde, idosos e pessoas com doenças crônicas. As autoridades de saúde do país relataram 87.981 casos confirmados e 1.840 mortes por covid-19 na segunda-feira.

Na Itália, a polícia tem reprimido infratores com o objetivo de controlar altas incidências de casos de covid-19. Em Roma, onde cafés, bares e restaurantes só podem oferecer serviço de entrega, a polícia militar multou o dono de um bar em 400 euros (480 dólares) depois de notar três pessoas bebendo dentro e ordenou o fechamento por cinco dias. A polícia também multou participantes de festas particulares em Roma e Avola. Para o feriado de Páscoa, há um limite nacional de uma visita por dia, de no máximo dois adultos, para a casa de familiares de amigos, embora não haja limite de crianças menores de 14 anos.

Contato: leticia.pakulski@estadao.com

Publicidade