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Mundo

‘Estou aguardando’, diz Bolsonaro após convocação de representante do País no Irã

Por Agência Estado

07 de janeiro de 2020, às 10h30 • Última atualização em 07 de janeiro de 2020, às 11h31

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta terça-feira, 7, que está “aguardando” o que acontecerá após a convocação da encarregada de Negócios do Brasil em Teerã, Maria Cristina Lopes, pela chancelaria iraniana. Bolsonaro disse que terá de conversar com o chanceler Ernesto Araújo, que está de férias, antes de decidir se poderá tomar medida semelhante com representantes diplomáticos do Irã no País.

“Estou aguardando o que haverá após essa convocação aí. Tá ok?”, respondeu ao ser questionado sobre como encarou a convocação, que é vista no meio diplomático como uma forma de reprimenda. “Nós repudiamos terrorismo em qualquer lugar do mundo e ponto final. É um direito deles, como é o meu também”, reforçou Bolsonaro em seguida.

Na semana passada, o principal general iraniano, Qassim Suleimani, foi morto em um ataque ordenado pelo governo dos Estados Unidos. No dia seguinte, o Itamaraty divulgou uma nota na qual condenou um ataque à embaixada dos Estados Unidos em Bagdá, cidade onde Suleimani foi morto, mas não condenou a morte do general iraniano.

Bolsonaro afirmou que, mesmo após a nota do Itamaraty, não houve impacto negativo no comércio entre Brasil e Irã. “Temos o comércio com o Irã e vamos continuar nesse comércio”, disse. “O Irã adotou alguma medida contra nós? Acho que não”, declarou em outro momento.

O presidente destacou que quer evitar se aprofundar sobre o assunto enquanto o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, estiver de férias. “O Ernesto está fora do Brasil, chegando aqui vou conversar com ele. Não falo de certos assuntos sem ouvir determinados ministros.”

Indagado se recebeu informações sobre o teor da conversa entre iranianos e a representante do Brasil no Irã, ele disse que não pode compartilhar dados como esse. “Se tivesse recebido (informações da conversa) não ia te falar, com todo respeito (…) Me reservo ao direito de estadista, de presidente do Brasil, a não discutir esse assunto.”

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