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Boas Histórias

Em meio à guerra na Síria, pai cria jogo para filha rir durante bombardeios

No 'jogo' criado, toda a família deve rir assim que ouvirem o barulho de uma explosão ou da passagem de um jato

Por Agência Estado

18 de fevereiro de 2020, às 16h27 • Última atualização em 19 de fevereiro de 2020, às 08h00

Um pai criou uma brincadeira para evitar que a filha de quatro anos ficasse com medo enquanto bombas atingem a região onde a família vive, na Síria. No “jogo” criado por Abdullah Al-Mohammad toda a família deve rir assim que ouvirem o barulho de uma explosão ou da passagem de um jato.

Mehmet Algan, amigo de Adbullah, publicou um vídeo no Twitter em que é possível ver como o jogo funciona. Nele, Adbullah está falando com a filha, Salwa quando eles percebem que uma bomba irá atingir um local próximo de onde estão.

Foto: Twitter / Mehmet Algan / Reprodução
Abdullah Al-Mohammad criou brincadeira para evitar que filha tivesse medo de bombas

“É um jato ou uma bomba?”, pergunta o pai para Salwa. “Uma bomba. Quando ela chegar nós vamos rir”, responde ela. Logo depois é possível ouvir o som do impacto, e Salwa imediatamente começa a rir junto com o pai.

“Sim, é engraçado”, diz a criança quando o pai pergunta se foi a explosão que gerou as risadas.

Em entrevista para a Sky News, Adbullah comentou que ele e a mulher criaram a brincadeira para “evitar que o estado psicológico de Salwa ruísse. Para que ela não fosse afetada por doenças ligadas ao medo”.

Ele também declarou, em entrevista para o canal Al Jazeera, que a ideia por trás da brincadeira veio quando Salwa se assustou com bombinhas usadas por crianças em jogos, mas ela se acalmou quando o pai explicou que elas não faziam nenhum mal e eram usadas para diversão. Adbullah repetiu o discurso, mas dessa vez para falar das bombas reais que atingem a região onde a família vive.

A família morava na cidade de Saraqeb, na província de Idlib, uma das mais afetadas por conflitos na Síria. Eles deixaram a cidade e estão vivendo com um amigo na cidade de Sarmada, mas ela também vem sendo atingida por bombas. Estima-se que 800 mil pessoas já deixaram os seus lares devido a um aumento recente das tensões em Idlib.

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