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Mundo

Coronavírus tem potencial para se tornar pandemia, avalia OMS

Segundo a OMS, além da China, que registrou 78.630 casos, com 2.747 mortes, outros 44 países relataram 3.474 diagnósticos do vírus, com 54 mortes

Por Agência Estado

27 de fevereiro de 2020, às 12h28 • Última atualização em 27 de fevereiro de 2020, às 12h57

Foto: Eugene Hoshiko - Assiciated Press - Estadão Conteúdo
Segundo dados mais recentes da entidade, 78.630 casos da doença foram registrados na China, com 2.747 mortes

O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, alertou para a possibilidade de o avanço do coronavírus se tornar uma pandemia, mas ponderou que o surto ainda pode ser contido. “Estamos em um ponto decisivo”, definiu durante entrevista coletiva em Genebra, na Suíça.

Segundo dados mais recentes da entidade, 78.630 casos da doença foram registrados na China, com 2.747 mortes. Mas, de acordo com Tedros, o principal foco de preocupação se deslocou para fora do país asiático. “Nos últimos dois dias, o número de novos casos de coronavírus no resto do mundo superou o número de novos casos na China”, destacou.

Ainda de acordo com a OMS, além do gigante asiático, 44 países relataram 3.474 diagnósticos do vírus, com 54 mortes. “Minha mensagem para cada um desses países é a seguinte: esta é sua janela de oportunidade. Se agirem agressivamente agora, podem conter o coronavírus e salvar vidas”, disse Tedros.

A organização explicou que a maior parte dos países que já registraram a doença está em fase de importação do vírus, mas que há casos de redes de transmissões próprias. “As epidemias no Irã, na Itália e na Coreia do Sul demonstram o que o coronavírus é capaz”, lembrou o diretor-geral.

O médico etíope citou a África como região que requer maior atenção, por ter sistemas de saúde mais frágeis, mas disse que todos os países do mundo têm comunidades vulneráveis. Para ele, o surto está em uma fase “delicada” e pode ir para qualquer lugar.

Olimpíada

A OMS está trabalhando com autoridades japonesas para avaliar a viabilidade dos Jogos Olímpicos de Tóquio, marcados para julho. “Não teremos uma decisão sobre as Olimpíadas em breve”, explicou o diretor-executivo da entidade, Michael Ryan, em entrevista coletiva.

Ryan lembrou que outros grandes eventos aconteceram durante epidemias anteriores, como a do zika, em 2016, quando foram realizados os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro.

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