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Mundo

Confronto entre polícia de Israel e palestinos deixa 14 feridos

Por Agência Estado

11 de agosto de 2019, às 09h39 • Última atualização em 11 de agosto de 2019, às 09h45

Fiéis muçulmanos palestinos e policiais de Israel entraram em confronto neste domingo na Cidade Velha durante as orações que marcam o primeiro dia do feriado islâmico de Eid al-Adha (Festa do Sacrifício). Segundo fontes médicas da Palestina, pelo menos 14 pessoas ficaram feridas, uma delas gravemente. O confronto ocorreu em um local sagrado tanto para muçulmanos, que o denominam de Mesquita Al-Aqsa, com para judeus, que o conhecem como Monte do Templo. O local é o mais sagrado para os judeus e o terceiro mais sagrado para os muçulmanos, depois Meca e Medina na Arábia Saudita, e tem sido um ponto crítico dentro do conflito entre Israel e Palestina. Segundo fontes policiais, pelo menos quatro oficiais ficaram feridos e conforme testemunhas pelo menos duas pessoas foram presas.

Milhares de muçulmanos se reuniram no local nesta manhã na Cidade Velha de Jerusalém para as orações envolvendo o feriado, que coincide com o feriado judeu do Tisha B’Av, um dia de jejum e luto pela destruição de dois templos bíblicos que ficavam no local. Um grande número de palestinos se reuniram nos portões do complexo, depois de circularem rumores de que a polícia permitiria a entrada de visitantes judeus. O grupo gritava “Allahu Akbar” (Deus é o maior) e jogou pedras na polícia, que então atacou com granadas e balas de borracha.

Inicialmente, a polícia israelense havia impedido a entrada de visitantes judeus, mas decidiu liberá-la após o início do confronto. Dezenas entraram no local sob escolta policial, o que provocou a reação dos muçulmanos, que jogaram cadeiras e outros objetos no grupo. Os visitantes judeus deixaram o complexo logo em seguida.

O comandante da polícia de Jerusalém, Doron Yedid, disse à imprensa israelense que o decisão de permitir a entrada de judeus no local foi feita “com o apoio de altos oficiais do governo”. Em razão de um antigo acordo firmado entre Israel e autoridades muçulmanas, judeus são impedidos de orar no complexo. A tradição judaica também afirma que os judeus devem evitar entrar no local sagrado.

A liberação do local para visitantes judeus veio após o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu atender a uma solicitação de aliados religiosos nacionalistas. Em setembro, os israelenses retornam as urnas em uma eleição sem precedentes, após Netanyahu não ter conseguido formar um governo após as eleições de abril. Fonte: Associated Press.

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