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Mundo

China aprova ampliação da vacinação com Coronavac no país

Vacina agora pode ser aplicada no público em geral, embora pesquisas ainda estejam em andamento

Por Agência Estado

06 de fevereiro de 2021, às 10h15 • Última atualização em 06 de fevereiro de 2021, às 12h10

Segundo responsáveis, mesmo com remanejamento das doses para outras unidades, algumas acabam se perdendo - Foto: Governo do Estado de São Paulo

A China aprovou a ampliação dos grupos de pessoas que poderão ser vacinados no país com a Coronavac, produzida pela farmacêutica chinesa Sinovac. Até então, apenas grupos de alto risco e prioritários, como médicos e funcionários do Estado, vinham sendo vacinados.

Em comunicado divulgado neste sábado, a Administração Nacional de Produtos Médicos chinesa informou que foi concedida aprovação “condicional” à Coronavac, o que significa que a vacina agora pode ser aplicada no público em geral, embora pesquisas ainda estejam em andamento. A Sinovac deverá apresentar dados de acompanhamento e relatórios de quaisquer efeitos adversos após a vacina ser vendida no mercado.

A Coronavac já foi vendida a pelo menos dez países. Na China, recebeu aprovação de emergência em julho do ano passado.

A vacina produzida pela Sinovac é a segunda do país a receber aprovação condicional. Em dezembro, o governo chinês autorizou a vacina da estatal Sinopharm. Tanto o produto da Sinovac quanto o da Sinopharm são vacinas inativadas de duas doses com tecnologia tradicional, que torna mais fácil o transporte e o armazenamento do que as vacinas da Pfizer, que requerem armazenamento em ambiente ultra frio.

Até o momento, a Sinovac divulgou apenas dados dos estágios 1 e 2 das pesquisas para sua vacina. As informações completas dos ensaios clínicos para o estágio 3, já realizados em países como Brasil, Chile, Indonésia e Turquia com 25 mil voluntários, serão divulgados posteriormente em um jornal revisado por outros pares, segundo o porta-voz da empresa, Pearson Liu. Autoridades de saúde globais avaliam que qualquer vacina com pelo menos 50% de eficácia é útil.

O México anunciou que duas fabricantes chinesas de vacinas contra covid-19, Sinovac e CanSino, apresentaram papeis para aprovação do uso no país. Na sexta-feira, o secretário mexicano de Relações Exteriores, Marcelo Ebrard, informou que a vacina da CanSino havia sido “aplicada com sucesso” em testes e solicitado autorização. Mais tarde, o secretário adjunto de Saúde, Hugo Lopez-Gatell, esclareceu que a empresa havia apresentado apenas documentos “iniciais”, que não eram resultados de testes da fase 3.

A CanSino não divulgou até o momento nenhuma taxa de eficácia estimada para usa vacina, de dose única, números que provavelmente serão exigidos pelo governo mexicano para aprovar o uso no país. A empresa realizou testes de fase 3 no México com 14.425 voluntários. Já as estimativas de eficácia da Sinovac variaram de um país para o outro, indo de 50,65% de prevenção de infecções a 100% na prevenção de casos graves.

O governo mexicano prometeu 8 milhões de doses da vacina da CanSino até março e tem se mostrado otimista com a injeção chinesa porque ela é relativamente fácil de manusear e será finalizada e engarrafada em uma fábrica no México. O país também aprovou recentemente a vacina russa Sputnik V, mas não receberá essa, ou mais doses da vacina Pfizer, até o fim deste mês. Foram recebidas apenas cerca de 760 mil doses da vacina Pfizer e destas, restam em torno de 60 mil. O México só conseguiu administrar doses até agora a metade do seu quadro médico que atua na linha da frente contra a doença.

Na sexta-feira, o país registrou 13.051 infecções confirmadas, que elevaram o número total a 1,91 milhão. Foram reportadas 1.368 mortes, de um total de 164.290. No entanto, como o México faz muito poucos testes, o número real de vítimas pode ser superior a 195 mil, segundo estimativas. Na cidade do México, a taxa de ocupação de hospitais passa de 80%.

Na Espanha, o governo reportou seu primeiro caso da variante brasileira de covid-19, identificada em um passageiro que chegou no país pelo aeroporto de Madri. Segundo o departamento regional de saúde da capital espanhola, o homem de 44 anos chegou do Brasil em 29 de janeiro e tinha um documento do teste PCR negativo, mas outro teste de anticorpos realizado no aeroporto deu positivo. O homem foi levado a um hospital da cidade, que mais tarde confirmou a infecção do homem pela variante.

Na última semana, a Espanha aumentou as restrições a voos provenientes do Brasil e da África do Sul, em virtude de variantes detectadas nesses países, assim como impôs restrições semelhantes ao Reino Unido. O país contabiliza um total de 2,941 milhões de casos e 61,386 mil mortes por covid-19, segundo a Universidade Johns Hopkins.

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