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Mundo

Chanceler indica que Bolsonaro pretende participar de cúpula climática de Biden

Por Agência Estado

02 de março de 2021, às 17h28 • Última atualização em 02 de março de 2021, às 18h07

O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, disse nesta terça-feira, 2, que o presidente Jair Bolsonaro pretende participar do encontro climático com chefes de Estado e de governo organizado pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, em Washington. Como o Estadão revelou, autoridades do governo americano pressionam para que Bolsonaro participe da Cúpula da Terra, em abril, e já o haviam convidado em reuniões reservadas.

O chanceler confirmou, durante entrevista à imprensa, que o Brasil já foi convidado durante contatos de alto nível político e diplomático, embora não tenha sido enviado ainda um convite formal. Ele relatou que o enviado especial para o Clima, John Kerry, expressou durante reunião virtual a expectativa de Biden de que Bolsonaro vá ao evento. “O presidente pretende fazer parte desse esforço”, disse Araújo.

O Palácio do Planalto deve usar a presença na reunião, indicou o ministro, para cobrar financiamento por parte de países desenvolvidos de ações de proteção e recuperação ambiental no Brasil.

Durante a campanha eleitoral, Biden ameaçou impor sanções econômicas ao Brasil caso Bolsonaro não agisse para conter desmatamento e incêndios na Amazônia. Então candidato democrata, o presidente norte-americano afirmou à época que reuniria outros países do mundo para pressionar o governo brasileiro e que ofereceria em troca uma quantia de U$ 20 bilhões.

Araújo disse que o Brasil vai apresentar sua contribuição determinada no Acordo de Paris, metas ambientais que o País se comprometeu a alcançar, e vai usar o fórum para cobrar repasses de dinheiro. “Isso é aquilo que até hoje está faltando”, disse Araújo, sobre o Acordo de Paris. “O acordo é extremamente ambicioso, mas continua não havendo cumprimento de compromissos na contraparte financeira, isso certamente será uma de nossas prioridades.”

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