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Mundo

Apesar da polarização, eleições na Bolívia acontecem em clima de tranquilidade

Por Agência Estado

18 de outubro de 2020, às 17h43 • Última atualização em 18 de outubro de 2020, às 18h34

Apesar da tensão e alta polarização, as eleições presidenciais na Bolívia acontecem em clima de tranquilidade neste domingo, 18. A votação não registrou confrontos, mesmo após a decisão do Tribunal Eleitoral do país de suspender a contagem rápida de votos anunciada na noite de ontem.

O primeiro colocado nas intenções de voto, Luis Arce, candidato do Movimento pelo Socialismo (MAS), partido do ex-presidente Evo Morales, questionou a medida, afirmando que “não foi uma decisão acertada”, mas garantiu que iria respeitá-la. Do exílio em Buenos Aires, Morales publicou no Twitter que “essa decisão de última hora levanta dúvidas”. Hoje, em entrevista coletiva, o ex-presidente disse que “felizmente” seu partido tem seu próprio sistema de controle eleitoral e que “delegados em cada mesa vão monitorar e registrar cada urna eleitoral”.

Carlos Mesa, da aliança centrista Comunidade Cidadã (CC), também disse que essa pode não ter sido a melhor decisão, mas “para dar mais segurança ao voto, é preciso ter paciência ao aguardar os resultados finais”, completou o vice-líder nas pesquisas.

O empresário e ex-líder cívico de direita, Luis Fernando Camacho, da organização CREEMO, ocupa o terceiro lugar nas intenções de voto. Ele poderia resolver a disputa entre Arce e Mesa em um possível segundo turno, apontam as pesquisas.”Tenho fé nesta eleição, a democracia deve ser consolidada e convido todos a assistir ao voto”, declarou Camacho após votar em uma escola em Santa Cruz.

A interrupção da contagem rápida nas eleições anuladas no ano passado por suspeitas de fraude desencadeou um surto social que resultou em 36 mortes e na renúncia de Morales após quase 14 anos no poder. Desde então, o processo eleitoral foi adiado duas vezes devido à pandemia, aumentando a tensão política. No entanto, os bolivianos que compareceram às assembleias de voto antecipadamente esperam que a votação ajude a resolver a longa crise social e política, potencializada pela emergência sanitária.

Para vencer no primeiro turno, é necessário que o candidato obtenha 50% mais um dos votos ou um mínimo de 40%, com pelo menos uma diferença de 10 pontos percentuais em relação ao segundo mais votado. Em caso de segundo turno, a votação acontece em 28 de novembro. As eleições de hoje incluem também a Assembleia Legislativa de 136 membros, que será renovada por cinco anos. (FONTE: ASSOCIATED PRESS)

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