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Mundo

A última cartada pré-eleitoral de Netanyahu

Por Agência Estado

16 de setembro de 2019, às 09h14 • Última atualização em 16 de setembro de 2019, às 10h33

O primeiro-ministro de Israel, Binyamin “Bibi” Netanyahu, participou neste domingo, 15, de sua última reunião do conselho antes das eleições da próxima terça-feira (17) no Vale do Jordão, Cisjordânia, e anunciou a legalização de um assentamento judaico no local, em uma última tentativa de consolidar sua base de eleitores nacionalista e conservadora.

Netanyahu tem participado de diversas aparições na mídia para convencer apoiadores a comparecerem na eleição, a fim de impedir a vitória de um novo governo, que, segundo ele, vai ameaçar a segurança nacional.

Um ponto central da sua agenda de última hora tem sido a promessa de estender a soberania de Israel sobre o Vale do Jordão e anexar colônias judaicas, feita na última terça-feira, 10, exatamente uma semana antes da eleição. A região representa 30% da Cisjordânia e é considerada um ponto crucial para que se alcance um acordo de paz.

A prática foi evitada por Netanyahu durante seu mandato, que já dura mais de uma década. A situação é diferente agora, na segunda eleição do ano. Em abril, apesar de ter conquistado uma vitória nas urnas, Netanyahu não conseguiu formar uma coalizão para governar.

Segundo o jornal Haaretz, na eleição de terça-feira, o bloco de Bibi somaria perto de 56 cadeiras: 32 do Likud, 14 dos dois partidos religiosos e 10 do Direita (da ex-ministra da Justiça Ayelet Shaked).

Seu principal opositor, o ex-chefe do Estado Maior do Exército, general Benny Gantz, líder do Azul e Branco, conseguiria 54 assentos. A corrida apertada obrigou Bibi a adotar um tom populista.

Segundo o gabinete de Bibi, Israel decidiu “transformar a colônia selvagem de Mevoot Jericó, situada no Vale do Jordão, em uma oficial”. Já o premiê disse que o Vale do Jordão é “um muro de defesa que será parte integrante de Israel (…) e que vai assegurar a presença eterna das nossas Forças Armadas”.

A Autoridade Palestina condenou a realização da reunião do gabinete ministerial nos territórios ocupados e, sem mencionar a colônia diretamente, pediu à comunidade internacional que faça pressão sobre Israel, um governo que “mina todos os fundamentos do processo político (de paz)”. (Com agências internacionais).

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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