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Covid-19

Dívidas podem ser suspensas por 60 dias

Cada instituição irá analisar as propostas, decidir se concede ou não o benefício, para então definir o prazo e as regras dos novos pagamentos

Por Agência Estado

28 de março de 2020, às 12h07 • Última atualização em 27 de abril de 2020, às 10h12

Os cinco maiores bancos do País decidiram que os clientes poderão suspender o pagamento de dívidas por 60 dias. O que não for pago agora será jogado para o fim do contrato. A medida abrange clientes pessoas físicas, pequenas e microempresas, mas não vale para dívidas penduradas no cartão de crédito ou cheque especial. Pode ser adiado por 60 dias o pagamento de crédito como o pessoal, consignado, financiamento de veículos e imóveis, desde que o devedor esteja em dia com as prestações.

O cliente deve entrar em contato com o banco, explicar seu caso para saber em que condições poderá prorrogar a dívida por até dois meses. Cada instituição irá analisar as propostas, decidir se concede ou não o benefício, para então definir o prazo e as regras dos novos pagamentos, que podem levar a algum acréscimo pelo período de pausa no pagamento.

Foto: Divulgação
Os cinco maiores bancos brasileiros – Itaú Unibanco, Banco do Brasil, Bradesco, Santander e Caixa – vão atender a pedidos de prorrogação das dívidas

Por isso, é importante ter bem claras quais serão essas regras para saber se compensa ou não aderir à proposta. Quem tiver condições de ir quitando o compromisso normalmente deve esquecer essa possibilidade, porque ficará livre de juros, taxas ou outras cobranças que poderão ser impostas nessa renegociação.

Não é necessário ir até a agência bancária. O cliente poderá ligar para seu gerente e ainda usar os canais eletrônicos para entrar contatar o seu banco, como o atendimento telefônico e os meios digitais.

Vale ressaltar que, por essa decisão dos grandes bancos, a pausa de pagamento não inclui boletos de consumo geral, como água, luz e telefone, além de tributos, porque se referem a serviços prestados por concessionárias de serviços públicos e governos.

Atendimento ao público

A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) informa que as agências bancárias vão permanecer abertas para atendimento aos clientes. Terão prioridade os públicos mais vulneráveis, como aposentados e pensionistas. Algumas agências bancárias já abrem mais cedo para atendimento aos aposentados, o que será reforçado, neste momento.

Cumprindo orientação do Banco Central para enfrentar as dificuldades trazidas pela pandemia de coronavírus em todo o País, os bancos deverão, de forma pontual, e por períodos limitados de tempo, alterar horários de atendimento ou suspender serviços em agências selecionadas. Os clientes serão informados adequadamente pelos canais de comunicação de cada banco.

Seguindo as recomendações das autoridades sanitárias, os bancos orientam seus clientes a evitar deslocar-se para as agências bancárias e a dar referência de uso de produtos e serviços dos bancos por meio dos canais remotos disponíveis para a população.

Por meio do celular e internet, os clientes podem fazer pagamento de contas, consulta de saldos e extratos, transferências financeiras, agendamento de pagamentos e contratação de serviços e empréstimos, entre outros. Atualmente, de cada dez transações, seis já são feitas pelos meios digitais.

Os canais de atendimento por telefone também estão funcionando normalmente. Além disso, a rede de autoatendimento (ATMs), com seus 170 mil terminais espalhados em todo o país, também ficará à disposição da população para saques e depósitos.

Para proteger os clientes, foi intensificada a higienização desses terminais, seguindo a orientação de aperfeiçoar e intensificar os protocolos de higienização das instalações bancárias.

Medidas para reduzir o trânsito e a concentração de pessoas nas agências também estão sendo tomadas, conforme as particularidades de cada banco, assim como o cancelamento de eventos públicos e internos, e a adoção de regras de afastamento para funcionários em situação de risco.

O setor entende que “se trata de um choque profundo, mas de natureza transitória e que, com a colaboração de todos, o País será capaz de enfrentar esse problema e reduzir seus efeitos negativos sobre a população”.

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