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Economia

Proposta para nova versão do auxílio custaria até 65% menos

Novo auxílio contemplaria até 95 milhões de pessoas a um custo mensal de R$ 8 bilhões

Por Agência Estado

24 de fevereiro de 2021, às 13h00 • Última atualização em 24 de fevereiro de 2021, às 13h45

Uma nova versão do auxílio emergencial, segundo proposta elaborada pelo Centro de Liderança Pública (CLP), contemplaria até 95 milhões de pessoas a um custo mensal de R$ 8 bilhões (uma redução de 65% em relação ao benefício pago no ano passado), evitando que esses brasileiros fiquem desamparados durante a pandemia do novo coronavírus e com um comprometimento menor das contas públicas.

Um dos marcos das políticas de apoio aos mais vulneráveis durante a pandemia de Covid-19, o auxílio emergencial foi pago, inicialmente, em parcelas de R$ 600 – e de R$ 1,2 mil para famílias comandadas por mães solteiras. Em setembro, no entanto, o benefício passou a ser de R$ 300 e o programa durou até o fim do ano passado.

O custo do programa é calculado em R$ 40 bilhões mensais na primeira fase e em R$ 20 bilhões após a redução das parcelas. Como efeito da pandemia, a pobreza no País teria subido de 25%, em 2019, para 30% no começo do ano. No caso da extrema pobreza, a alta foi de 7% para 10%.

Apesar de, em um primeiro momento, o governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ter sugerido o pagamento de três parcelas de R$ 200 aos mais vulneráveis no começo das medidas de distanciamento social em 2020, o benefício acabou sendo aumentado pelo Congresso, até chegar ao valor final de R$ 600. Uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC), que deverá ser votada amanhã para um novo marco fiscal, prevê a autorização para recriar o auxílio.

A proposta do CLP, com base em dados do Ministério da Cidadania, criaria dois formatos de benefício: um, de R$ 50, para cada pessoa de uma família já beneficiada pelo programa Bolsa Família, e outro, de R$ 100, para quem recebeu o auxílio emergencial no ano passado, mas não fazia parte do Bolsa Família antes. Por mês, o programa custaria R$ 8 bilhões, uma redução de quase 65% em relação à última fase do auxílio.
Na avaliação do fundador do CLP, Luiz Felipe DAvila, é preciso manter o auxílio para dar um novo suporte aos mais vulneráveis enquanto a economia não se recupera por completo, por conta do avanço no número de casos de Covid-19, mas de uma forma sustentável.

“O auxílio foi e ainda é necessário, mas precisa ser ajustado de forma responsável. No ano passado, todos achavam que seria uma medida curta, que não seria necessário estendê-la por tanto tempo, mas não podemos cometer o mesmo erro agora. É preciso ter um benefício que seja de acordo com a capacidade fiscal”, diz o cientista político.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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