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Economia

Projeção para IPC-S de janeiro é de alta de 0,45%, diz coordenador da FGV

Por Agência Estado

02 de janeiro de 2020, às 10h13 • Última atualização em 02 de janeiro de 2020, às 10h57

A desaceleração do Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S) da terceira quadrissemana de dezembro para o fechamento do mês (0,86% para 0,77%) surpreendeu pelo comportamento dos variados cortes de carne bovina, que mostram alívio, embora ainda em patamar elevado, avalia o coordenador do IPC-S, Paulo Picchetti.

Em novembro, o IPC-S subira 0,49%. Além disso, a queda de passagem aérea (7,70% para -1,93%) e de energia elétrica (-3,43% para -5,32%) e o arrefecimento de jogos lotéricos (20,62% para 10,21%) contribuíram para o movimento, mas já estavam previstos, completa.

Como exemplo de cortes que já estão mostrando arrefecimento, o coordenador cita alcatra (21,30% para 17,40%) e contrafilé (23,18% para 20,65%).

Em janeiro, Picchetti avalia que a desaceleração dos preços de carne deve ser o principal condutor na redução do ritmo de alta do indicador, para qual projeta variação de 0,45%. O economista pondera que os alimentos in natura podem incomodar, a depender do comportamento do clima, mas não devem impedir o arrefecimento do grupo Alimentação, que subiu de 2,52% na terceira leitura para 2,56% na última medição de dezembro.

Picchetti ainda diz que o fim dos efeitos de alta em jogos lotéricos, que foram reajustados em novembro, e os preços de passagem aérea devem atenuar o IPC-S em janeiro. Por outro lado, os gastos com Educação e com combustíveis devem ser maiores neste mês.

No caso de Educação, o coordenador lembra que o IPC-S capta em janeiro os reajustes nas mensalidades escolares. Em relação aos combustíveis, a ponta (pesquisas mais recentes) indica avanço tanto de etanol quanto de gasolina. O biocombustível subiu de 3,61% para 4,71% nas últimas duas quadrissemanas de dezembro, enquanto a ponta tem alta cerca de 5,50%. Já o derivado do petróleo avançou de 2,74% para 3,28% no período, e a ponta está próxima de 3,50%.

Picchetti ainda lembra que Habitação (-0,49% na terceira quadrissemana para -0,76% na última leitura do mês) deve voltar ao campo positivo, devido ao fim dos efeitos baixistas da mudança da bandeira vermelha 1 para amarela na conta de luz quanto pelos gastos típicos de início de ano, como o IPTU.

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