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Crimes

Procon-SP notifica bancos por brechas exploradas por ladrões de celulares

Brechas de segurança têm permitido que ladrões de celulares "limpem" as contas das vítimas mesmo sem obter senhas

Por Agência Estado

18 de junho de 2021, às 18h54 • Última atualização em 18 de junho de 2021, às 19h49

O Procon de São Paulo notificou nesta sexta-feira, 18, dez instituições financeiras e três entidades representativas do setor a respeito de brechas de segurança que têm permitido a ladrões de celular limpar a conta das vítimas mesmo sem obter senhas. São requisitados esclarecimentos sobre dispositivos de segurança, bloqueio, exclusão de dados de forma remota e rastreamento de operações financeiras disponibilizados aos clientes vítimas de furto ou roubo.

As notificações foram encaminhadas a todos os cinco maiores bancos do sistema, Itaú Unibanco, Bradesco, Santander, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal, bem como aos de médio porte e digitais BMG, Inter, Pan, C6, Neon e Nubank. As entidades notificadas foram a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), a Associação Brasileira de Bancos (ABBC) e a Associação Brasileira de Fintechs (ABFintechs).

A esses, o Procon solicita “laudos técnicos, assinados por profissionais habilitados, dos testes de validação e eficiência realizados em seus sistemas de segurança disponibilizados ao consumidor para acesso remoto às contas bancárias e demais serviços financeiros vinculados ao cliente”. Também pede a comprovação de mecanismos de acesso às contas, “especificando o número de etapas aplicado ao processo em todas as suas modalidades: senhas, códigos de segurança, reconhecimento de voz e facial, dentre outros”.

Além disso, o órgão de proteção ao consumidor quer saber que providências são tomadas em caso de “quebra de segurança de acesso e de violabilidade de dados”, o tratamento dispensado aos dados fornecidos pelos usuários, desde o envio no momento da habilitação do acesso remoto ao armazenamento.

O Pix, instrumento de pagamento e transferências instantâneas desenvolvido e lançado pelo Banco Central na virada do ano, também foi objeto dos questionamentos do Procon. As instituições terão de apresentar a política de segurança aplicada ao mecanismo, incluindo “verificação e validação de titularidade da chave de acesso, bem como a forma de estorno ou devolução de valores em razão de comprovação de fraudes por violação de seu sistema de segurança”.

As empresas têm até o dia 30 para responderem aos questionamentos do Procon-SP.

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