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Economia

Medidas na China levam à alta; feriado nos EUA e opções limitam ganho da Bolsa

Por Agência Estado

17 de fevereiro de 2020, às 11h22 • Última atualização em 17 de fevereiro de 2020, às 11h55

Medidas de estímulos da economia chinesa para tentar combater os impactos do coronavírus no país, que impulsionam os mercados acionários europeus também levam à alta do Ibovespa na abertura nesta segunda-feira, 17. No entanto, a agenda com menos indicadores, o feriado nos Estados Unidos e o vencimento de opções sobre ações na B3 limitar a valorização, sobretudo nesta primeira parte do pregão.

O volume de negócios também pode ficar comprometido em decorrência do fechamento dos mercados norte-americanos, em razão da celebração do Dia do Presidente. Às 1105, o Ibovespa subia 0,37%, aos 114.803,91 pontos.

A expectativa do estrategista-chefe da Levante Ideias de Investimentos, Rafael Bevilacqua é que a segunda-feira seja de ganhos na B3, acompanhando o movimento na Europa, após o banco central chinês cortar a taxa de juros para abrandar os impactos do coronavírus. O vírus já causou a morte de 1.800 de pessoas. A autoridade monetária também injetou 300 bilhões de yuans (cerca de US$ 43 bilhões) no sistema bancário, dois terços dos quais através da linha de médio prazo. “Vários dias a Bolsa tem sofrido por causa dessa questão, do coronavírus. Então, deve pegar carona. O minério de ferro já subiu bem”, diz.

Vale ON, por sua vez, reagia em alta (2,10%). Petrobras, também, a despeito da instabilidade do petróleo e da greve dos petroleiros que já dura 17 dias. A estatal deve adotar medidas de importação caso a paralisação avance, conforme fontes.

O banco central chinês ainda sinalizou uma possível redução de impostos e tarifas, bem como de mudanças nas regras para empréstimos em situação de inadimplência, o que permitiria o aumento do crédito bancário, cita em nota o economista Silvio Campos Neto, sócio da Tendências Consultoria Integrada. “As potenciais ações geram a expectativa de recuperação da economia do país nos próximos meses, assim que o surto seja revertido. Além disso, tal perspectiva ameniza o mal estar com o péssimo resultado do PIB do Japão no quatro trimestre, que apresentou contração anualizada de 6,3%”, descreve.

Após cair 1,11%, aos 114.380,71 pontos na sexta-feira, o Ibovespa deve buscar uma recuperação sensível, estima Campos Neto, no aguardo dos balanços da Petrobras e Vale. As blue chips informarão seus resultados na quarta e quinta-feira, respectivamente. “O ambiente político também permanece no radar, de olho no ímpeto da agenda reformista, em meio às incertezas recentes”, acrescenta.

Nesta segunda-feira, foi informado o balanço da varejista Magazine Luiza, cujo lucro líquido subiu 54,3% em 2019, mas caiu 11,4% no quarto trimestre do ano passado.

Ainda no ramo do varejo, o Carrefour anunciou a compra de 30 lojas do Makro no Brasil por R$ 1,95 bilhão, o que deve ser monitorado pelo investidor. “É um indicativo de que o mercado está aquecido”, diz Bevilacqua.

As aços das duas varejistas – Carrefour e Magazine Luiza – reagem alta de 5,08% e de 2,91%, respectivamente.

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