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Economia

Maia: com gastos na pandemia, reformas terão de ser discutidas em outro patamar

Por Agência Estado

07 de maio de 2020, às 10h25 • Última atualização em 07 de maio de 2020, às 13h21

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou em transmissão ao vivo do Santander nesta quinta-feira (7) estar convencido de que, com o endividamento público caminhando para “90%, 95%” do Produto Interno Bruto (PIB) devido às medidas para combater a crise do novo coronavírus, reformas como a administrativa e a tributária terão de ser discutidos “em outro patamar” no segundo semestre.

“Para controlar uma relação dívida/PIB maior, o remédio talvez tenha que ser maior, também”, disse, referindo-se à repactuação do tamanho do Estado brasileiro e, principalmente, às despesas com salários de novos servidores públicos. Ele ponderou, contudo, que o momento para promover essas discussões não é este, pois a prioridade agora é buscar soluções de curto prazo para os efeitos da pandemia de covid-19.

Sobre a votação do socorro a Estados e municípios, com um alívio financeiro total de R$ 125 bilhões – R$ 60 bilhões em repasses diretos da União -, Maia alertou sobre como a contrapartida do congelamento dos reajustes para determinadas categorias não traz qualquer economia em um momento de queda de arrecadação. Relatou, ainda, que a Câmara decidiu “não entrar em atrito com o Senado” na inclusão de professores entre as categorias imunes ao congelamento.

O presidente da Câmara reforçou, por outro lado, ser positivo que o governo federal tenha iniciado uma “boa relação” com partidos do bloco conhecido como Centrão, que votaram em acordo com o Planalto nessa matéria.

“Organizar essa base de forma transparente, aberta, acho que ajuda o governo. O governo estava sem partido para pedir verificação de votação nas matérias de interesse do governo”, comentou Maia. “Formar uma base é importante com partidos que têm influência e experiência no Congresso.”

O deputado não crê, no entanto, que os partidos que aderiram à base do governo, como o Progressistas, vão “mudar a sua agenda”.

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