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Economia

Lentidão das reformas e da vacinação é maior risco para economia, diz Amcham

Por Agência Estado

02 de fevereiro de 2021, às 12h09 • Última atualização em 03 de fevereiro de 2021, às 08h59

Os dois maiores riscos para a recuperação econômica brasileira em 2021 são o ritmo lento das reformas propostas há mais de dois anos pelo ministro Paulo Guedes e também da vacinação da população brasileira contra a covid-19. O diagnóstico está na sondagem feita pela Amcham Brasil com 280 empresários e executivos.

Além de apontar esses dois temas (com 71% e 40%, respectivamente), os entrevistados também demonstraram preocupação com a segunda onda de contaminação (29%), o isolamento político brasileiro no cenário internacional (22%), escassez de crédito e fuga de investimento estrangeiro direto (20%).

Segundo a sondagem, os empresários e executivos indicaram como grandes desafios a gestão das contas públicas (68%), seguida da questão do emprego (26%) e acesso a crédito e investimentos (6%).

O levantamento apontou ainda grande preocupação dos entrevistados com a cena política. Para 60% deles, deve ser prioridade reduzir a incerteza política no Brasil. O tema deve, inclusive, ficar à frente de questões como o Custo Brasil (48%), Corrupção (40%), Desmatamentos (26%), Isolamento Global (25%) e Insegurança Jurídica (20%).

Sobre as relações internacionais do Brasil, a sondagem revelou a expectativa maciça dos entrevistados de que o governo Bolsonaro invista, já nos primeiros cem dias de gestão, em uma relação construtiva e pragmática (72%) com a equipe democrata do presidente norte-americano, Joe Biden. Quase metade dos consultados (49%) espera a criação de uma agenda conjunta bilateral com foco no aprofundamento dos fluxos de comércio e de investimentos. Para 35%, também é essencial focar a nova relação em temas como sustentabilidade, bioeconomia e preservação ambiental.

“Com o início da nova administração de Joe Biden, é hora de renovar a nossa parceria e estabelecer uma agenda pragmática em temas de comércio, investimentos, infraestrutura, energia, agricultura bioeconomia e sustentabilidade, além de trabalhar para iniciar o funcionamento dos dois acordos bilaterais conquistados em 2020 (salvaguardas tecnológicas para uso da Base de Alcântara para lançamento de foguetes comerciais) e o mini-acordo comercial (que envolveu protocolos de facilitação de comércio, boas práticas regulatórias e anticorrupção)”, escreve em nota à imprensa Deborah Vieitas, presidente da Amcham Brasil.

A sondagem da associação comercial entrevistou 280 empresários e executivos entre 14 e 21 de janeiro. Desses, 36% são de grandes empresas, 31% de médias, 20% de pequenas e 13% de micro e startups.

Os participantes na sua maioria (48%) são C-level (CEOs, presidentes, vice-presidentes, sócios e diretores); 24% são gerentes e 13% coordenadores e supervisores. A maioria dos entrevistados atua na indústria (39%), serviços (23%), tecnologia (11%) e agronegócio (7%).

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