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Economia

Juros zeram queda e fecham em alta com pressão do dólar no patamar de R$ 4,20

Por Agência Estado

18 de novembro de 2019, às 18h55 • Última atualização em 18 de novembro de 2019, às 19h36

Os juros futuros caminhavam para fechar a segunda-feira em queda, especialmente na ponta longa sob a influência do recuo do rendimento dos Treasuries, mas na reta final da sessão regular zeraram o recuo e passaram a subir de forma moderada, na esteira da piora do câmbio. O dia foi de noticiário e agenda fracas e, diante da proximidade de mais um feriado, na quarta-feira, o volume de contratos negociados foi muito abaixo do padrão.

As principais taxas de juros fecharam a etapa regular nas máximas. A do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2021 encerrou em 4,68% (regular e estendida), de 4,639% no ajuste de quinta-feira, e a do DI para janeiro de 2023 subiu de 5,751% para 5,82% na regular e 5,79% na estendida. A do DI para janeiro de 2025 terminou em 6,36% (regular e estendida), de 6,331%, e a do DI para janeiro de 2027 avançou de 6,661% para 6,68% na regular e 6,67% na estendida.

Em função da baixa liquidez, operadores nas mesas de renda fixa afirmam que tanto o movimento de queda quanto o de alta não podem ser considerados muito representativos. Para se ter ideia, o DI para janeiro de 2021, que em média vinha negociando 478 mil contratos por dia nos últimos 30 dias, nesta segunda movimentou 275 mil. O DI para janeiro de 2027 girava cerca de 28 mil contratos no fim da tarde, ante média diária de 52 mil nos últimos 30 dias.

De todo modo, na falta de um condutor mais forte, foi o câmbio que acabou definindo o sinal positivo para taxas no fim do dia. “Não tivemos novidades à tarde, a não ser a piora do câmbio para justificar”, disse o trader da Sicredi Asset, Danilo Alencar.

Até então, a trajetória era descendente principalmente nos vencimentos longos, acompanhando o fechamento da curva americana. “A curva local se explica pelas taxas lá fora, o que colabora com a ponta longa aqui. Já o real parece que tomou um nocaute da cessão onerosa e não levantou mais”, disse um gestor. O dólar à vista fechou em R$ 4,2055, valor que representa o pico histórico para a moeda ante o real, com alta de 0,29%.

Uma vez que na sexta-feira, quando não houve negócios por aqui, a sessão foi de “risk on” no exterior, a expectativa era de um dia de desempenho melhor nos mercados domésticos. “A percepção era de que os ativos locais se ajustariam às boas notícias do feriado, relativas à ‘trade war’ e ao Chile chegando a um consenso sobre o plebiscito,”, disse Patricia Pereira, gestora de renda fixa da Mongeral Aegon Investimentos. A Bolsa de Santiago disparou e o dólar teve forte queda ante o peso chileno na última sessão. Nesta segunda, a curva até buscou se alinhar, quando bateu as mínimas, mas perdeu fôlego à tarde.

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