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Crédito

Juros do cartão sobem em outubro

Um movimento contrário ao juro básico da economia, que vem escorregando ao longo de todo este ano e está em 5% ao ano

Por Agência Estado

20 de novembro de 2019, às 13h42 • Última atualização em 27 de abril de 2020, às 10h20

Os juros subiram no rotativo do cartão de crédito da segunda para a terceira semana de outubro, nos cinco grandes bancos do mercado (Banco do Brasil, Caixa, Santander, Bradesco e Itaú), de acordo com levantamento feito e divulgado pelo Banco Central. Já no cheque especial, no consignado e também no crédito pessoal mantiveram-se praticamente estáveis, nesse mesmo período.

No rotativo regular, na modalidade que prevê um pagamento mínimo da fatura, com o financiamento do restante em outra linha de crédito com juros e parcelas prefixadas, a taxa média entre eles passou de 221% para 246% ao ano. Um movimento contrário ao juro básico da economia, que vem escorregando ao longo de todo este ano e está em 5% ao ano.

Foto: Divulgação
Juros cobrados nas modalidades do crédito rotativo são uma das causas do crescente endividamento dos brasileiros

No cheque especial, a taxa média passou de 301% para 300% ao ano, o que equivale a 12,26% ao mês. Uma dívida que cresce a esses níveis em tão curto espaço de tempo pode arruinar qualquer orçamento e é um convite ao superendividamento.

No crédito consignado, concedido a quem recebe a renda (aposentadoria, pensão ou salário) por meio de folha de pagamento com crédito em conta corrente, os juros médios das três modalidades, ao aposentado, ao servidor público e a empregados do setor privado, ficaram no mesmo lugar de uma semana para outra: em 1,82% ao mês ou 24,2% ao ano. E, no crédito pessoal, a taxas tiveram discreta queda, passando de 58,6% para 57,99% ao ano.

PESQUISA SEMANAL

Nas três versões do consignado, para aposentados, para servidores públicos e empregados da iniciativa privada, os juros variaram de 1,20% (Bradesco) a 2,70% ao mês (Itaú), com ligeira queda em relação à semana anterior.

No crédito pessoal, os juros ficaram entre 2,881% (Banco do Brasil) e 5,15% ao mês (Bradesco), com estabilidade em relação à semana anterior. No cheque especial, as taxas ficaram entre 9,40% na Caixa e 14,81% ao mês no Santander, com estabilidade em relação ao período anterior.

No rotativo do cartão de crédito, os juros ficaram entre 8,74% ao mês, ou 173% ao ano, no Banco do Brasil, e 13,56% ou 360% ao ano no Bradesco, com alta em relação à semana anterior. As taxas do Itaú cobradas dos correntistas no rotativo do cartão passaram a ter como referência as do Banco Itaucard.

No financiamento de veículos, os juros ficaram entre 1,21% (Bradesco) e 1,68% ao mês (Caixa), com estabilidade em relação ao período anterior Já no Crédito Direto ao Consumidor para a compra de outros bens, o juro ficou entre 1,37% (Santander) e 3,76% (BB) ao mês, com estabilidade em relação ao período anterior.

O mais caro é do Santander

Entre os destaques do crédito mais caro, a taxa mais alta do cheque especial continua sendo a do Santander, de 14,81% ao mês ou 425% ao ano, com estabilidade em relação ao período anterior.

No rotativo regular do cartão de crédito, em que o consumidor paga o valor mínimo exigido de 15% do total da fatura, o juro mais alto é o do Bradesco, de 13,56%% ao mês ou 360% ao ano, com alta em relação à semana anterior.

No rotativo não regular, quando o devedor não consegue pagar nem o mínimo de 15%, o juro mais alto é do Itaú, de 12,31% ao mês ou 303% ao ano, com queda em relação à semana anterior.

No crédito consignado, os juros mais altos são cobrados pelo Itaú ao servidor público, de 1,93% ao mês ou 26% ao ano e ao empregado do setor privado, com juros de 2,70% ao mês ou 38% ao ano. No consignado ao aposentado, o juro mais alto é o do Santander, de 1,86% ao mês ou 24% ao ano.

No crédito pessoal, a taxa mais alta continua sendo a do Bradesco, de 5,15% ao mês ou 83% ao ano, com queda em relação ao período anterior. No financiamento de veículos, a taxa mais alta é a da Caixa, de 1,68% ao mês ou 22% ao ano, com estabilidade em relação à semana anterior. No crédito direto ao consumidor (CDC), o juro mais alto é o do Banco do Brasil, de 3,76% ao mês ou 56% ao ano, com estabilidade em relação à semana anterior.

JUROS MAIS BAIXOS

A Caixa tem o juro mais baixo no cheque especial e no consignado ao empregado do setor privado. O Banco do Brasil tem o juro mais baixo no crédito pessoal e no rotativo regular e não regular do cartão; o Bradesco no consignado ao aposentado e ao funcionário público, e no financiamento de veículo; o Santander tem o juro mais baixo no crédito direto ao consumidor.

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