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Seu Valor

Investindo seu dinheiro sem especulação

Focando em empresas com bons fundamentos, investidor consegue colocar seu dinheiro em ações com alto valor agregado e focar no recebimento dos dividendos

Por Talita Bristotti

20 de junho de 2020, às 08h41

Sobe, cai… cai mais um pouco. Os altos e baixos da Bolsa de Valores podem assustar quem não está familiarizado com a renda variável. Mas a bolsa é um investimento acessível e para todos, não só para quem já tem dinheiro. É possível começar com bem pouco e hoje há corretoras que não cobram taxas, o que deixam o processo ainda mais acessível.

A crise do novo coronavírus (Covid-19), mesmo representando uma incerteza global para o mercado financeiro, também se mostrou como uma oportunidade para muita gente experimentar a renda variável, já que várias ações de empresas sólidas e com bons fundamentos estavam com um valor abaixo do que valiam.

Investimento em renda variável é acessível a todos e pode ser uma boa opção para muitos – Foto: Adobe Stock

O interesse pelo brasileiro na bolsa já vinha crescendo: entre 2018 e 2019, a B3 viu o número de CPFs registrados dobrar. Mas em março deste ano, justamente no mês em que a Bovespa registrou um grande “tombo” nos índices por conta da pandemia, a base de investidores na B3 teve sua maior alta, de 15%, atingindo um recorde com 2,24 milhões de pessoas físicas naquele mês.

Especialistas recomendam esse tipo de investimento visando o longo prazo. Uma das estratégias é focar no recebimento dos “dividendos” das empresas. Esses dividendos nada mais são do que a distribuição de parte do lucro de uma determinada empresa a seus acionistas.

Investir, segundo o analista CNPI da Suno Research, Alberto Amparo, é comprar um ativo que tem valor intrínseco e vai gerar dinheiro ao investidor, diferentemente do que colocar seu dinheiro em promessas de ganhos rápidos. Ele faz uma analogia entre comprar um restaurante ou uma obra de arte para explicar a diferença entre investimento e especulação.

“Você compra um restaurante por R$ 500 mil e ele vai te dar um lucro de R$ 100 mil por ano. Assim, você está comprando uma empresa que vai gerar um retorno, que vai pagar o investimento”, disse.

“Agora, se você compra uma obra de arte, está especulando. O único jeito de ganhar dinheiro é se houver um cenário em que as pessoas vão querer mais obras de arte. Assim, você fica unicamente à mercê da oferta e da procura”, disse.

Com as criptomoedas é a mesma coisa, ressalta o analista. Para ele, quem faz esse tipo de transação está comprando uma especulação na expectativa de que as pessoas também vão querer comprar bitcoins e que vá conseguir vender por um preço maior do que comprou. O que nem sempre pode acontecer.

MERCADO DE AÇÕES
Cenário diferente vive o mercado das ações, que mesmo com a cotação de uma empresa em “queda livre” por fatores externos, como a crise do coronavírus, não necessariamente vai significar que o ativo perdeu o valor.

“Quem investe sabendo dos fundamentos da empresa, compra uma ação pensando no valor intrínseco que ela possui. Então não age com emoção quando a bolsa tem quedas, como no caso do coronavírus. Esse investidor está pensando no futuro dinheiro que a empresa vai lhe dar”, resume.

Cuidado com os golpes
As ações são o investimento mais rentável do mundo e oferecem um lucro médio de 7% ao ano, de acordo com o analista Alberto Amparo. “Quem está prometendo retorno na renda variável está mentindo. Justamente por ser variável, ninguém no mundo consegue prever o que o mercado vai fazer no próximo ano”.

Supostos investimentos envolvendo criptomoedas se tornaram prejuízo para investidores da região. O LIBERAL noticiou neste ano pelo menos dois casos de pessoas que caíram nesse tipo de golpe.

“Qualquer coisa que ofereça um retorno exorbitante, é falso. O melhor investidor do mundo vai conseguir 20% de lucro no ano. Então se alguém oferecer 1% ao dia, isso é mentira de cara. Se você ganha isso por dia, em seis meses você vai ser a pessoa mais rica do mundo”, alerta o analista da Suno Research.

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