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Economia

Ibovespa sobe 2% com mercado otimista com lista de privatização

Por Agência Estado

21 de agosto de 2019, às 18h06 • Última atualização em 21 de agosto de 2019, às 18h57

A sinalização do governo nesta quarta-feira de que pretende levar adiante um pacote de privatizações com pelo menos 17 empresas deu fôlego ao Índice Bovespa, que subiu 2,00% no fechamento, alcançando 101.201,90 pontos, muito próximo da máxima do dia. O cenário internacional também contribuiu positivamente, com as bolsas operando em alta na Europa e nos Estados Unidos. Os negócios na bolsa brasileira somaram R$ 18,3 bilhões.

Como não poderia deixar de ser, as estrelas do pregão foram os papéis do “kit privatização”, à espera da confirmação da lista de empresas a serem privatizadas, prevista para o final da tarde, conforme sinalizou o ministro da Economia, Paulo Guedes. Eletrobras ON e PNB foram as maiores altas do Ibovespa, com ganhos de 12,39% e 11,80%, nesta ordem. Banco do Brasil ON subiu 5,72%. Os papéis da Petrobras, que já vinham oscilando em alta, aceleraram os ganhos no meio da tarde, após notícia não oficial de que a equipe econômica estuda privatizar a companhia até o final do governo. Com isso, Petrobras ON subiu 5,32% e Petrobras PN ganhou 5,95%.

“A notícia foi bem recebida porque sinaliza melhora do caixa do governo, expectativa de profissionalização da gestão das empresas e atração de investimentos para o Brasil. O setor mais promissor é o de energia elétrica, no qual o investidor estrangeiro tem grande interesse”, disse Gabriel Machado, analista da Necton Corretora. “Mas como essas privatizações não vão acontecer no curto prazo, o mercado tende a continuar à espera de questões como a conclusão da reforma da Previdência e o início da tributária, além das reformas microeconômicas, como forma de estimular a economia”, ressalva o profissional.

Para Vitor Miziara, analista da Criteria Investimentos, o bom desempenho do mercado brasileiro esteve relacionado a uma série de sinais que vêm sendo emitidos pelo governo no que diz respeito ao avanço da agenda liberal e ao apoio parlamentar para reformas. No entanto, afirma que o investidor estrangeiro segue resistente.

“O investidor lá de fora não acredita em privatização da Petrobras no atual governo. No máximo na do Banco do Brasil, que já seria difícil. Por isso, só o investidor local comprou hoje”, disse. Miziara ressalta a influência positiva do mercado internacional no dia, com bolsas recuperando perdas recentes e sem grandes surpresas com a ata da reunião de política monetária do Federal Reserve.

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