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Economia

Ibovespa recua 0,11% no dia com cenário externo, mas ganha 1,29% na semana

Por Agência Estado

09 de agosto de 2019, às 18h14 • Última atualização em 09 de agosto de 2019, às 19h33

As incertezas quanto à tensão comercial entre Estados Unidos e China voltaram a pesar nos mercados acionários e o Índice Bovespa perdeu fôlego nesta sexta-feira, 9, após três altas consecutivas. O indicador chegou a subir moderadamente pela manhã, mas inverteu a tendência no início da tarde, sob influência direta das bolsas de Nova York. Assim, terminou o pregão em leve baixa, de 0,11%, aos 103.996,16 pontos. Apesar da forte turbulência dos últimos dias, o índice encerrou a semana com alta acumulada de 1,29%, na contramão das perdas dos índices americanos.

Mais uma vez, o mau humor do investidor foi justificado pelos sinais de que os conflitos comerciais e cambiais entre Estados Unidos e China não têm data para terminar, dadas as sucessivas declarações do presidente americano, Donald Trump. Nesta sexta ele afirmou que ainda avaliaria se os Estados Unidos retomarão as rodadas de negociações com o gigante asiático.

As quedas do Ibovespa foram puxadas pelas ações de bancos e pelos papéis de empresas ligadas a commodities. Vale ON seguiu a queda dos índices de metais e terminou o dia com perda de 3,58%, na mínima do dia, contaminando as ações de siderurgia. Nesse grupo, destaque para Usiminas PNA (-2,41%) e CSN ON (-2,01%).

As quedas das blue chips foram amenizadas em boa parte por papéis dos setores de consumo, utilities e energia elétrica – que compõem o grupo de setores considerados os mais rapidamente beneficiados pelo esperado aquecimento da economia. Nesse grupo, destaque para B2W ON (+17,75%) e CVC ON (+9,27%), ambas repercutindo aspectos positivos dos seus resultados trimestrais.

“Por trás do desempenho do Ibovespa houve ações oscilando para todos os lados nesta sexta-feira, com muitos papéis reagindo a resultados trimestrais. O dia foi azedo no exterior, mas tivemos ganhos importantes entre empresas que divulgaram balanços, mostrando que estão fazendo a lição de casa e estão enxutas”, disse Rafael Bevilacqua, estrategista da Levante Ideias de Investimento.

No ambiente político, o destaque da semana foi a aprovação da reforma da Previdência em segundo turno na Câmara. A avaliação unânime nas mesas de negociação é de que a aprovação da reforma já está precificada, com algum espaço para novas altas no caso de os trabalhos no Senado ocorrerem de forma acelerada. Como a reforma tributária é tida como um processo mais demorado, a tendência para os próximos dias, segundo analistas, é de aumento na atenção a indicadores econômicos.

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