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Economia

Ibovespa cai com preocupaçao com EUA-China

Por Agência Estado

07 de janeiro de 2020, às 11h39 • Última atualização em 07 de janeiro de 2020, às 12h34

Após abrir em alta na faixa dos 117 mil pontos, o Ibovespa passou a operar em baixa, renovando mínimas. O movimento acontece apesar da alta da maioria das bolsas europeias e dos índices futuros de Nova York. Mais cedo, a leitura de analistas era a de que a ausência de fatos novos a respeito da tensão geopolítica entre Estados Unidos e Irã daria um pouco de alívio. Isso de fato aconteceu externamente mais cedo, mas depois foi perdendo força. Um dos motivos são renovadas incertezas sobre as relações comerciais sino-americanas.

Nesta terça-feira, 7, saiu a informação de que o vice-ministro de Agricultura da China, Han Jun, afirmou que Pequim não elevará sua cota anual de importação de grãos dos EUA, o que era uma promessa para a assinatura da primeira fase do acordo comercial sino-americano. A expectativa é que esse acordo inicial seja assinado no próximo dia 15 e que a delegação chinesa viaje para os EUA na próxima semana. No entanto, ainda não há datas específicas para a partida das autoridades da China ou para a cerimônia de assinatura.

Os investidores também seguem atentos ao noticiário geopolítico e continuam preocupados em relação ao clima tenso que fora instaurado após o ataque norte-americano em território iraquiano. Na ocasião, houve a morte do general iraniano Qassim Suleimani na semana passada.

Nesta terça também, o Irã disse estar avaliando 13 cenários para responder à morte de seu principal líder militar, afirmando que mesmo a mais fraca das opções será um “pesadelo histórico” para os EUA. O Parlamento do país aprovou projeto de lei emergencial que classifica o Exército norte-americano e o Pentágono como entidades terroristas

O investidor ainda acompanha os preços do petróleo no mercado internacional, que hoje cedem e passam por realização, para saber os rumos dos combustíveis no Brasil. “O repasse da alta do petróleo aos preços internos segue indefinida, o que deve manter a instabilidade nos papeis da Petrobras, estima Campos Neto.

Em reunião ontem, o presidente da estatal, Roberto Castello Branco, disse que há “liberdade total” no Brasil para os preços de derivados de petróleo e que não foi pressionado para reduzir os preços. Não houve anúncio de modificação nos valores dos combustíveis, mas o governo adiantou que prepara medidas compensatórias que poderão ser usadas em momentos de crise. O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, no entanto, não informou quais são esses instrumentos e de que forma serão aplicados.

“A indicação é de que alguma atitude vão tomar, de que alguma coisa farão sem necessariamente mexer nos preços dos combustíveis. Isso é ingerência, e não é bom”, observa o operador.

Às 11h23, o Ibovespa caía 0,53%, aos 116.257,90 após, após oscilar entre mínima de 115.995,45 pontos e máxima de 117.075,85 pontos.

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