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Economia

Governo pede à Índia desbloqueio de 31 toneladas de componentes para medicamentos

Por Agência Estado

02 de abril de 2020, às 18h46 • Última atualização em 02 de abril de 2020, às 20h30

O governo brasileiro fez um apelo à Índia para a liberação de ao menos 31,6 toneladas de ingredientes usados na fabricação de medicamentos pela indústria farmacêutica no Brasil.

Em ofícios obtidos pela reportagem, assinados na última semana, o secretário Especial de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais do Ministério da Economia, Marcos Troyjo, disse compreender o momento “atípico”, mas pediu “atenção especial” do governo indiano para tentativas de importações de empresas brasileiras.

Endereçados ao ministro da Indústria e Comércio da Índia, Piyush Goyal, os ofícios são acompanhados por uma tabela com mais de 20 insumos farmacêuticos pedidos por empresas brasileiras desde setembro de 2019 e que ainda estariam bloqueados.

No rol de produtos bloqueados há o anti-inflamatório nimesulida e mais de 7,8 toneladas de pantoprazol, usado para reduzir acidez estomacal e contra sintomas de gastrite, entre outros. O Brasil pede ainda liberação de produtos que estão sendo testados para a covid-19, como sulfato de hidroxicloroquina e a azitromicina. Não existe ainda comprovação de que estes medicamentos sirvam contra a pandemia.

Segundo integrantes da indústria ouvidos pelo jornal O Estado de S.Paulo, o volume de insumos farmacêuticos de que o Brasil pede a liberação é considerável, mas não chega a impactar a produção do país.

A Índia restringiu a exportação de uma série de produtos em meio à pandemia da covid-19. No último dia 25 o país proibiu a exportação da hidroxicloroquina Ao lado da China, o país é importante fornecedor de matéria-prima para fabricação de medicamentos no mundo.

As associações do mercado farmacêutico brasileiro dizem que bloqueios de exportações ainda não atingem de forma generalizada o mercado brasileiro.”O setor farmacêutico tem trabalhado incansavelmente, sem nenhuma sinalização de desabastecimento de produtos, desemprego ou desinvestimento”, disse na segunda-feira, 30, presidente da ProGenéricos, Telma Salles ao Estado.

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