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Economia

Funcionários da Ford voltam a se reunir na Assembleia Legislativa da Bahia

Por Agência Estado

13 de janeiro de 2021, às 13h23 • Última atualização em 13 de janeiro de 2021, às 14h16

Os funcionários da unidade do Complexo Industrial Ford Nordeste, em Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador, realizam, na manhã desta quarta-feira, 13, mais uma manifestação em resposta ao encerramento das atividades da montadora norte-americana no País – anunciado na segunda-feira, 11. Centenas de funcionários ficaram reunidos no pátio da Assembleia Legislativa da Bahia, no Centro Administrativo, na capital baiana. O grupo deve se reunir ainda nesta quarta com o presidente da casa, Nelson Leal.

A montadora, que já tinha encerrado, em 2019, a produção de caminhões em São Bernardo do Campo, no ABC paulista, comunicou que vai fechar neste ano as demais fábricas no País: Camaçari, onde produz os modelos EcoSport e Ka; Taubaté (SP), que produz motores; e Horizonte (CE), onde são montados os jipes da marca Troller.

Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do município baiano, Júlio Bonfim, afirmou que a reunião que aconteceu na segunda com o governo não teve resultados práticos para os funcionários. “Foram discutidos investimentos. Claro que é importante pensar nisso, mas pensar na instalação de outra fábrica aqui, agora, é insignificante para a gente. Até pela complexidade que isso envolve”, disse.

Na terça-feira, 12, os funcionários permaneceram por cerca de quatro horas em assembleia no estacionamento da fábrica. Na região, 6 mil empregos diretos e indiretos devem ser fechados.

A planta da Ford na Bahia funcionava havia 20 anos e, segundo funcionários, investiu em máquinas até as últimas semanas.

Em comunicado, a Ford informou que tomou a decisão após anos de perdas significativas no Brasil. A multinacional americana acrescenta que a pandemia agravou o quadro de ociosidade e redução de vendas na indústria. “A Ford está presente há mais de um século na América do Sul e no Brasil e sabemos que essas são ações muito difíceis, mas necessárias, para a criação de um negócio saudável e sustentável”, afirmou, em nota, Jim Farley, presidente da Ford.

A decisão da Ford de encerrar a produção no Brasil terá impacto financeiro de aproximadamente US$ 4,1 bilhões em despesas não recorrentes, conforme informação divulgada pela montadora no anúncio de fechamento das três fábricas no País.

Do total, cerca de US$ 2,5 bilhões terão impacto direto no caixa do grupo americano, sendo, em sua maioria, relacionados a compensações, rescisões, acordos e outros pagamentos. Outros US$ 1,6 bilhão decorrem de impacto contábil atribuído à baixa de créditos fiscais, depreciação acelerada e amortização de ativos fixos.

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