Negócios em Portugal
Fim do visto de investidores em Lisboa e Porto?
Visto Gold é indicado para quem vai investir grande quantia de dinheiro, mas governo português deve impor novas condições
Por Redação
04 de dezembro de 2020, às 12h01
Link da matéria: https://liberal.com.br/brasil-e-mundo/economia/fim-do-visto-de-investidores-em-lisboa-e-porto-1373738/
Viver em Portugal nos últimos anos tem se tornado sonho de muitos brasileiros, porém grande parte da população não tem direito à cidadania portuguesa, sendo essa a maneira mais fácil de morar legalmente no País.
A segunda opção para poder residir em território português é adquirindo algum tipo de visto, seja ele de estudo, trabalho, rendas próprias, empreendedorismo ou o Visto Gold, também conhecido como golden visa.
O Visto Gold é indicado para pessoas que pretendem investir uma grande quantia de dinheiro no País.
Seja na aquisição de imóveis de luxo (valor igual ou superior à 500 mil euros), adquirir imóveis em regiões de reabilitação urbana, abertura de empresas com criação de no mínimo 10 postos de trabalho ou transferir um montante igual ou superior à 1 milhão de euros em instituição de crédito no país.
Grande parte dos investidores buscava por imóveis nas duas principais regiões do País, Lisboa e Porto, por serem mais desenvolvidas e com mais opções de mão de obra qualificada (em casos de abertura de empresas).
Esse fato gerou um ‘boom’ imobiliário nas cidades e o aumento significativo dos preços no setor. Por esse motivo, o governo português pretende criar restrições até o final do ano relacionadas ao visto Gold, restringindo determinados centros urbanos, mais propriamente, Lisboa e Porto.
Essa medida está inscrita no Orçamento do Estado para 2020 e deverá ser adotada para que os estrangeiros que pretendam adquirir o visto com a compra de um imóvel, devam investir em outras áreas do País ou no interior, aliviando a pressão do mercado.
Devido à pandemia causada pela Covid-19, o investimento captado através dos Vistos Gold no ano de 2020 caiu 30% em agosto, aproximadamente 57,6 milhões de euros, mas subiu 2,8% em relação a julho, segundo contas com base nas estatísticas do SEF – Serviço de Estrangeiros e Fronteiras.
Algumas outras regiões litorâneas do país como Aveiro ou mesmo zonas do interior como Braga possuem grandes centros industriais e muita mão de obra qualificada. Por esse motivo, muitos já as chamam de ‘os novos potenciais urbanos’. Esses centros urbanos se mostram cada vez mais preparados e prontos para receber os investidores.