28 de março de 2024 Atualizado 18:57

8 de Agosto de 2019 Grupo Liberal Atualizado 13:56
MENU

Publicidade

Compartilhe

Economia

FGV: Monitor do PIB afasta possibilidade de recessão técnica no 2º trimestre

Por Agência Estado

17 de julho de 2019, às 12h41 • Última atualização em 17 de julho de 2019, às 14h16

O avanço de 0,5% no Produto Interno Bruto (PIB) em maio ante abril, apontado pelo Monitor do PIB, divulgado nesta quarta-feira, 17, pela Fundação Getulio Vargas (FGV), praticamente afasta a possibilidade de retrações na atividade econômica por dois trimestres consecutivos, o que configuraria o que economistas chamam de “recessão técnica”. A avaliação é de Juliana Trece, pesquisadora do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre/FGV).

A alta de abril quebrou uma sequência de três quedas seguidas. Em abril, o Monitor do PIB havia apontado queda de 0,2% ante março. Dessa forma, apenas um resultado muito ruim em junho jogaria o PIB do segundo trimestre para o terreno negativo. “Recessão técnica não tem como. Tudo indica que o PIB do segundo trimestre vai ser positivo, mas no ano não vai crescer acima de 1,0%”, afirmou Juliana.

A equipe responsável pelo Monitor do PIB estima avanço de 0,4% no segundo trimestre ante o primeiro. Ainda assim, mesmo com a possibilidade de retrações por dois trimestres seguidos no PIB, Juliana acha cedo para se falar em recuperação mais firme da economia.

A pesquisadora chamou atenção para o comportamento da formação bruta de capital fixo (FBCF, medida dos investimentos no PIB). A componente teve crescimento expressivo em maio ante abril, com 1,5%, superando, por exemplo o consumo das famílias.

No entanto, o avanço na FBCF está concentrado nos aportes em máquinas e equipamentos, como tem ocorrido desde o fim da recessão, na virada de 2016 para 2017. A construção civil, que responde por pouco mais da metade dos investimentos, ainda está em queda – na decomposição da FBCF no Monitor do PIB, a componente de máquinas e equipamentos cresceu 0,8% em maio ante abril, enquanto a construção encolheu 0,4% e o componente “outros” perdeu 0,5%.

Segundo Juliana, “enquanto não melhorar a construção, não dá para falar” em recuperação sustentável dos investimentos, capaz de impulsionar a economia como um todo.

Publicidade