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Bolsa de Valores

Estapar faz história com 1ª abertura de capital virtual da B3

Os recursos serão usados para pagar investimentos relativos à concessão do serviço de estacionamento do município de São Paulo

Por Agência Estado

16 de maio de 2020, às 10h19 • Última atualização em 16 de maio de 2020, às 10h38

A Allpark, dona da rede de estacionamentos Estapar, fez história na bolsa brasileira ao fazer uma abertura de capital 100% virtual em meio à pandemia de coronavírus. A operação movimentou R$ 345 milhões. Os recursos serão usados para pagar investimentos relativos à concessão do serviço de estacionamento do município de São Paulo, a Zona Azul. O papel fechou seu primeiro pregão com forte queda de 18,5%.

O presidente da Estapar, André Iasi, destacou que a oferta da companhia mostra que, mesmo num contexto como o atual, as empresas “precisam seguir com seus propósitos”. “Espero que essa oferta represente uma esperança para a retomada ao empresariado. Mesmo em um momento adverso, investidores depositaram confiança no Brasil e na Estapar”, afirmou.

Dos R$ 345 milhões da oferta, 60% foram vendidos a mercado, sendo que as pessoas físicas se mostraram presentes, comprando R$ 85 milhões. De acordo com a B3, o apetite dos CPFs pelo mercado de ações continua alto. Hoje, são 2,4 milhões contas de pessoas físicas, sendo 400 mil captadas nos meses de março e abril.

O restante foi adquirido pelo fundo Maranello, de André Esteves, sócio do BTG Pactual, banco que já era acionista da companhia, com 47,7% do capital. O Estadão/Broadcast apurou que a fatia de Esteves será, mais à frente, diluída. O BTG coordenou a oferta. Bradesco BBI, Banco do Brasil e Santander também participaram.

Trajetória

A Estapar, fundada há quase 40 anos, tem presença em 15 aeroportos, como o de Congonhas, em São Paulo. Mas a companhia tem sentido na pele os efeitos da pandemia: em abril, o faturamento despencou 83% ante o mesmo mês de 2019.

De acordo com o prospecto da oferta, das 644 operações fora de vias e logradouros públicos, 191 estavam fechadas, mas mesmo as unidades abertas operavam com queda substancial de receita diante da queda significativa do volume de veículos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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