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Prisão

‘Escapei da injustiça e da perseguição política’, diz Carlos Ghosn

O brasileiro deixou a prisão domiciliar em Tóquio na última segunda-feira

Por Agência Estado

31 de dezembro de 2019, às 09h28 • Última atualização em 31 de dezembro de 2019, às 11h27

O ex-presidente da aliança Renault-Nissan, Carlos Ghosn, afirmou em comunicado divulgado nesta terça-feira que foi para o Líbano para escapar do que chamou de “um sistema judicial japonês parcial onde prevalece a presunção de culpa”. O brasileiro deixou a prisão domiciliar em Tóquio na última segunda-feira.

“Não fugi da Justiça – escapei da injustiça e da perseguição política. Agora posso finalmente me comunicar livremente com a mídia e estou ansioso para começar na próxima semana”, disse o executivo, que responde acusações de má conduta financeira e seria julgado em abril de 2020.

De acordo com o jornal libanês Al-Jumhuriya, Ghosn chegou a Beirute em um avião procedente da Turquia. O principal advogado do executivo, Junichiro Hironaka, disse estar surpreso com a notícia de que seu cliente foi para o Líbano. “Fomos pegos completamente de surpresa. Estou chocado”, afirmou o defensor.

Ainda não se sabe como Ghosn deixou a prisão, já que seus três passaportes foram detidos por seus advogados e ele estava sob vigilância das autoridades.

Acusações

A Nissan demitiu Ghosn, afirmando que investigações internas da montadora revelaram conduta indevida por ocultação de seu salário, quando ele era presidente executivo da empresa, e transferência de US$ 5 milhões em recursos da Nissan para uma conta na qual ele tinha participação.

Ele enfrenta quatro acusações, incluindo ocultação de renda e enriquecimento irregular. O ex-executivo nega as acusações. Segundo seus advogados, os promotores conspiraram com funcionários do governo e executivos da Nissan para tentar prejudicá-lo.

Ghosn foi preso pela primeira vez em novembro do ano passado, sendo solto quatro meses mais tarde, depois de pagar fiança. Em abril, um mês depois de ser libertado, o ex-executivo foi novamente para a cadeia. Após pagar uma outra fiança, ele deixou novamente a prisão, ainda em abril, mas estava sujeito a uma série de condições restritivas, entre elas, a exigência de que ele ficasse no Japão.

* Com agências internacionais

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