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Economia

Dólar supera R$ 4,48 com cautela sobre coronavírus e risco político às reformas

Ajuste ante o real está mais forte do que a alta da divisa americana em relação a outras moedas emergentes ligadas a commodities latino-americanas

Por Agência Estado

27 de fevereiro de 2020, às 11h14 • Última atualização em 27 de fevereiro de 2020, às 13h48

Foto: Jorge Araújo - Fotos Publicas
Dólar à vista subiu até R$ 4,4861 (+0,94%), na esteira da máxima do dólar março, a R$ 4,4865 (+0,73%)

Após a venda de US$ 1 bilhão em swap novo no mercado futuro, o dólar renovou máximas ante o real na manhã desta quinta-feira, 27, acima dos R$ 4,48 – pico histórico intraday. O dólar à vista subiu até R$ 4,4861 (+0,94%), na esteira da máxima do dólar março, a R$ 4,4865 (+0,73%).

O ajuste ante o real está mais forte do que a alta da divisa americana em relação a outras moedas emergentes ligadas a commodities latino-americanas.

Às 11h05, o dólar subia 0,37% ante o peso argentino, 0,62% ante o peso chileno e 0,67% ante o peso mexicano.

Para o operador Durval Correa, da Via Brasil Serviços Empresariais, tudo leva a crer que o dólar está a caminho dos R$ 4,500 e bolsa pode cair mais aos 100 mil pontos, por causa das reavaliações sobre o crescimento mundial devido a epidemia de coronavírus e seu impacto na demanda global por matérias-primas e produtos manufaturados.

Além disso, no Brasil, o risco político às reformas, após o presidente da República, Jair Bolsonaro, convocar manifestação de rua contra o Congresso, eleva a inquietação porque é mais uma ameaça à retomada da economia, afirma ele.

“Ninguém sabe para onde vai o crescimento”, afirma ele. “A pesquisa Focus da próxima segunda-feira deverá trazer projeções bem diferentes das atuais, já embutindo piora de expectativas por causa do coronavírus”, prevê.

A cautela também antecede, segundo ele, a divulgação dos dados da balança comercial e de fluxo cambiais mais tarde. “O IGP-M e a prévia do IPC-S hoje ajudam a apoiar a cautela com o crescimento da economia. “A volatilidade deve se acentuar”, avalia.

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