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Economia

Dólar à vista renova máxima após venda parcial em leilão do BC e Mnuchin

Por Agência Estado

14 de outubro de 2019, às 10h28 • Última atualização em 14 de outubro de 2019, às 11h51

O dólar renovou a máxima intraday no mercado à vista na manhã desta segunda-feira, 14, em R$ 4,1298 (+0,85%), após o dólar para novembro registrar a máxima em R$ 4,1350 (+0,56%). O ajuste ocorreu após o Banco Central ter anunciado a venda de apenas US$ 100 milhões no mercado à vista, ante oferta total no leilão de US$ 525,0 milhões.

Assim, o BC voltará ao mercado com operação de swap cambial tradicional, às 11h30. Neste caso, a oferta será de até 8.500 contratos de swap tradicional (US$ 425 milhões).

“A venda do Banco Central foi parcial no leilão de hoje porque os participantes deste mercado sabem que pode ocorrer um fluxo forte de capital estrangeiro para o Brasil nas próximas semanas, em função de ofertas de ações e do leilão da cessão onerosa do pré-sal, e não vão comprar a qualquer preço do BC!, comenta Jefferson Rugik, diretor superintendente da Correparti.

A avanço do dólar ante o real ampliou-se também após o secretário do Tesouro americano, Steven Mnuchin, afirmar que os próximos passos das negociações com a China, após os dois países chegarem a um acordo preliminar na última semana, serão tratativas por telefone entre autoridades de baixo escalão nesta semana.

Na próxima semana, de acordo com Mnuchin, as conversas retornam ao nível mais alto, com ligações com a participação dele e do representante comercial dos Estados Unidos, Robert Lighthizer, e do vice-primeiro-ministro chinês Liu He. “Temos um acordo fundamental que está sujeito à documentação”, acrescentou.

Mnuchin reiterou, no entanto, que a elevação de tarifas americanas a importações chinesas prevista para 15 de dezembro pode entrar em vigor, caso um acordo não seja firmado até lá. Ele também reiterou que sanções à Turquia então “prontas” e só dependem do presidente americano, Donald Trump, para entrarem em vigor.

Mais cedo, o dólar já subia, acompanhando o sinal predominante no exterior em relação a seus pares principais e a maioria das divisas emergentes ligadas a commodities em meio a preocupações renovadas com a desaceleração da economia global.

Os investidores adotam postura defensiva, após as exportações e importações da China em setembro mais fracos que o esperado. Além disso, a Bloomberg informou que Washington e Pequim podem vir a assinar um acordo parcial durante a reunião de cúpula da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico, que ocorrerá no próximo mês no Chile, disse uma das fontes.

No Brasil, o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) teve leve alta de 0,07% em agosto ante julho, na série com ajuste sazonal. O índice de atividade calculado pelo BC passou de 138,26 pontos para 138,36 pontos na série dessazonalizada de julho para agosto. Este é o maior patamar para o IBC-Br com ajuste desde janeiro deste ano (138,70 pontos). A leve alta do IBC-Br ficou dentro do intervalo projetado pelos analistas do mercado financeiro consultados pelo Broadcast Projeções, que esperavam resultado entre -0,20% e +0,50% (mediana em +0,20%).

Na comparação entre os meses de agosto de 2019 e agosto de 2018, houve baixa de 0,73% na série sem ajustes sazonais. Esta série encerrou com o IBC-Br em 142,10 pontos em agosto. Este é o pior resultado para meses de agosto desde 2017 (140,06 pontos). O indicador de agosto de 2019 ante o mesmo mês de 2018 mostrou desempenho abaixo do apontado pela mediana (-0,60%) das previsões de analistas do mercado financeiro ouvidos pelo Broadcast Projeções (-1,20% a +1,30% de intervalo).

Às 10h10, o dólar à vista subia 0,68%, aos R$ 4,1228. O dólar futuro de novembro estava em alta de 0,39%, em R$ 4,1285.

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