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Economia

Contra coronavírus, EDP divide colaboradores em grupos para rodízio semanal

Por Agência Estado

11 de março de 2020, às 15h53 • Última atualização em 11 de março de 2020, às 16h50

A elétrica de origem portuguesa EDP decidiu tomar medidas de prevenção contra a possível disseminação do coronavírus em seus escritórios, embora até o momento não tenha registrado casos confirmados ou suspeitos de Covid-19. A estratégia adotada foi a divisão dos colaboradores em grupos, para um rodízio preventivo, com início marcado para a próxima segunda-feira, 16, e válido, inicialmente, por seis meses.

A ação envolverá os escritórios centrais de São Paulo, as unidades de distribuição em São Paulo e Espírito Santo e ainda uma unidade de eficiência energética em Porto Alegre, somando quase 1,6 mil funcionários. A estratégia visa garantir que, caso haja contaminação em um dos escritórios, as pessoas que não estiverem no local possam dar continuidade à operação sem interrupções.

“Uma possível disseminação do coronavírus seria um grande teste de gestão de crise para as empresas que atuam no Brasil. Por isso, a EDP se antecipou e está preparada para que os efeitos dessa crise afetem o mínimo possível nossa operação e nossos colaboradores”, afirma o diretor de Gestão de Risco da EDP no Brasil, Vanderlei Ferreira.

Nos escritórios centrais de São Paulo, que concentram cerca de 600 colaboradores, os funcionários serão divididos em três grupos, sendo que dois grupos vão trabalhar nos dois endereços da empresa, localizadas no bairro da Vila Olímpia, e o outro grupo ficará em home office. Já nos escritórios das concessionárias e da EDP Soluções no Rio Grande do Sul, que acolhem juntos em torno de 990 colaboradores, o revezamento será feito entre escritório e home office.

Gestão de Crise

Antes mesmo da confirmação do primeiro caso do coronavírus no País, a EDP montou um comitê de gestão de crise para preparar a companhia para a prevenção da doença. A comunicação com os funcionários sobre o tema foi reforçada e protocolos de higiene foram intensificados, como a limpeza de áreas como botões de elevadores, maçanetas de portas e corrimões de escadas, e recomendação de higienização de equipamentos de informática e telecomunicações e veículos compartilhados.

As viagens a trabalho para os países mais afetados pelo coronavírus foram proibidas. Além disso, a recomendação é reduzir as demais viagens aéreas ao mínimo indispensável, de modo a diminuir a circulação pelos aeroportos.

No início de fevereiro, temendo que o vírus entrasse em circulação no Brasil e provocasse um desabastecimento de itens de proteção, a EDP adquiriu preventivamente 5 mil máscaras que serão distribuídas aos quase 3 mil colaboradores no caso de o vírus entrar em circulação no País, o que ainda não aconteceu.

A companhia informou que também desenha um plano de contingência, que prevê esquemas de trabalho em home office e sistemas de redundância, num cenário de intensificação da epidemia, em que não seria possível o deslocamento aos locais de trabalho.

Dentre as medidas em análise estão a redundância tecnológica dos centros de operações; o escalonamento de equipes técnicas para formar redundâncias; a distribuição de equipes em bases avançadas para contingência; e treinamentos para qualificação de profissionais técnicos para eventuais necessidades.

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