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Profissão TikToker

Como jovens da Geração Z se tornam famosos e encaram o TikTok como profissão

Jovens de 10 a 25 anos são os nativos digitais que fazem parte da plataforma de vídeos queridinha do momento

Por Redação

29 de abril de 2021, às 16h42

De acordo com uma pesquisa realizada em janeiro de 2021 pelo Data Report, o TikTok compreende cerca de 690 milhões de usuários, desses, desperta especialmente o interesse da Geração Z, que de maneira intuitiva cria vídeos com challenges, dublagem e encontram a forma certa para viralizar na plataforma que pede uma linguagem rápida e muito visual. Alguns tiveram uma trajetória feliz e ao viralizar chamam atenção de marcas e faturam como gente grande!

Não é raro encontrar usuários com mais de 1 milhão de seguidores, na plataforma, mas que são amplamente conhecidos apenas entre eles e isso é natural.

Não é raro encontrar usuários com mais de 1 milhão de seguidores, na plataforma, mas que são amplamente conhecidos apenas entre eles – Foto: cottonbro_Pexels

Para Luiz Menezes, 21 anos e fundador da Trope , aceleradora de influência da geração Z, isso ocorre em uma época em que os jovens não querem estar no mesmo “local” em que os pais, essa característica é um reflexo do comportamento dos nativos digitais: “O TikTok propõe a conexão entre pessoas que possuem interesses em comum aos seus, gera identificação e sensação de pertencimento a uma comunidade. Um TikToker consegue criar autoridade dentro da sua comunidade, mas quando é descontextualizado da sua ‘bolha’, perde força”, afirma Luiz.

Aliás, a Trope nasceu com a missão de impulsionar esses jovens a crescerem na internet de forma sustentável já que não agenciam creators, e sim investem em sua capacitação para que possam faturar na influence economy, ou economia de influência.

“Após cinco anos de atuação no mercado de comunicação e eventos, eu entendi que pautas relevantes como a diversidade vem conquistando mais força devido a horizontalidade da internet. Compreendo que todos podem e devem ter voz e daí vem a necessidade de reinvenção. É cada vez mais importante estabelecer times multigeracionais nas empresas que vão permitir a co-criação de narrativas que representem a essência de diferentes pessoas e idades”, relata Menezes.

Musically o início de tudo

No ano de 2018 o aplicativo Musically, que era originalmente focado em dublagens, mudou de nome. A mudança se deu por causa da aquisição da desenvolvedora por outra empresa, que fundiu o aplicativo de dublagens a outro similar que se chamava: TikTok.

Desde essa época alguns usuários começaram a utilizar a plataforma para se divertir até que um belo dia viralizaram. É o caso de Talita Akemy, que produz conteúdos de maquiagem e quando criou um vídeo com maquiagem 3D se assustou com a repercussão do conteúdo.

“Quando entrei no aplicativo eu não esperava que poderia ter tantos seguidores assim apenas mostrando o meu trabalho! E hoje em dia continuo fazendo o que eu mais amo e sendo reconhecida por isso, estou sempre atenta nas tendências e criando conteúdos diferentes para os meus seguidores”.

Outro caso de sucesso iniciado no Musically é o de Ju Muniz, que em 2017 enxergou no aplicativo uma forma de expressão de sua arte: “Nunca imaginei que chegaria a ter 1 milhão de seguidores e tantas pessoas me acompanhando. Meu processo criativo é uma mistura. Varia de acordo com o que eu vejo de inspiração e tendência junto ao que o público se interessa e com o eu gosto de fazer e divulgar.”, afirma a creator que é conhecida pelas suas danças e músicas.

Diana Zambrozuski – Foto: Divulgação

Foco na Geração Z
A Dentista Musical, Simone Cesar, já não pertence a Geração Z, mas tem verdadeira paixão por músicas e criatividade de sobra para interagir com seus pacientes que são majoritariamente crianças e adolescentes pertencentes ao grupo: “Não apenas essa plataforma, mas o Youtube me dá a liberdade de criar e chama a atenção dos meus pacientes sim. Os pais ficam tranquilos em trazer os filhos aqui, pois sabem que temos as ferramentas para “driblar o medo da consulta” e uma das recompensas é a gravação do vídeo para a plataforma.”, afirma Simone.

Do instagram para o TikTok
O caminho inverso também existe e a protagonista desse case é Diana Zambrozuski, 23 anos, streamer e sucesso no Facebook Gaming com lives diárias jogando diversos jogos. Após um bom tempo no Facebook e Instagram, decidiu experimentar a plataforma e conta que ficou viciada.

“O tiktok veio pra mostrar que qualquer um pode criar conteúdo. E isso faz toda diferença! Ao contrário de outras redes, no TikTok se você fizer um conteúdo distante da realidade que qualquer um pode fazer, você pode acabar não tendo sucesso. O pessoal lá valoriza muito a identificação, e isso é um fenômeno muito legal”, comenta Diana, ao observor que a rede a fez se reinventar e soltar a criatividade para gerar conteúdos simples e inclusivos já que seu intuito é de que todos possam participar.

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