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Economia

Com cautela externa e avanço do dólar, investidor realiza lucros

Por Agência Estado

23 de setembro de 2019, às 18h29 • Última atualização em 23 de setembro de 2019, às 18h41

Os juros futuros começaram a semana com taxas levemente pressionadas para cima, desde a parte da manhã até o fechamento da sessão regular desta segunda-feira. Com a agenda mais fraca, o mercado aproveitou o mau humor externo e a pressão no câmbio para realizar lucros, mas num movimento bem moderado, diante da crescente perspectiva de Selic abaixo de 5% até o fim do ano. Com isso, as taxas dos principais contratos fecharam com viés de alta, mas o volume foi baixo, o que caracteriza mais um ajuste técnico do que mudança de tendência.

A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2021 encerrou em 5,01%, de 4,979% no ajuste de sexta-feira, e a do DI para janeiro de 2023 subiu de 6,081% para 6,13%. A do DI para janeiro de 2025 terminou em 6,74%, de 6,701% no ajuste da sexta-feira.

Numa segunda-feira sem destaques no noticiário local, o cenário internacional de maior cautela é que deu o tom às taxas, especialmente via câmbio, tendo as moedas de economias emergentes sendo penalizadas, mesmo com as curvas de juros fechando em vários países. No Brasil, o dólar chegou a atingir os R$ 4,18 nas máximas do dia. Esse contexto deu a senha para os investidores embolsarem uma pequena parte dos ganhos auferidos nos últimos dias. Como o comunicado do Copom sinalizou grande possibilidade de mais cortes para a taxa básica, os DIs fecharam a semana passada renovando as mínimas históricas, deixando algum espaço para recomposição de prêmios.

“Lá fora está um pouco mais feio, o que gerou mau humor nos ativos locais, puxando o dólar. As taxas tinham caído bem na semana passada. É uma realização, não tem notícia nova”, afirmou Rogério Braga, diretor de Gestão de Renda Fixa e Multimercados da Quantitas Asset.

Os investidores buscaram a segurança do dólar, em meio ao receio com a economia global acentuado pela falta de evolução nas negociações entre a China e os Estados Unidos e pelos índices de gerentes de compras (PMIs, na sigla em inglês) na Europa publicados logo cedo. Os números penalizaram bolsas europeias e também o rendimento de papéis como Gilt britânico e o bund alemão.

Com o movimento desta segunda, o investidor toma um pouco de fôlego para os eventos ao longo da semana, a começar pelos de terça. Antes da abertura, o investidor já terá conhecimento da ata do Copom e do IPCA-15. A pesquisa do Projeções Broadcast aponta intervalo das estimativas entre 0,03% e 0,23%, com mediana de 0,08%, para o IPCA-15 deste mês.

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