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Economia

Clima externo permite alta do Ibovespa, mas risco com combustíveis fica no radar

Por Agência Estado

09 de janeiro de 2020, às 10h27 • Última atualização em 09 de janeiro de 2020, às 11h08

A tranquilidade nos mercados internacionais, diante de sinais de certo alívio nas relações geopolíticas no Oriente Médio e de esperança da assinatura do acordo comercial entre Estados Unidos e China semana que vem pode impulsionar o Ibovespa nesta quinta-feira, 9. Após três pregões consecutivos de queda, a expectativa é que a Bolsa brasileira acompanhe o bom humor externo, onde os mercados de ações da Europa e os índices futuros de Nova York sobem.

No entanto, isso não tem acontecido nos últimos dias. Na quarta, por exemplo, quando o mercado acionário norte-americano encerrou em alta depois das palavras do presidente Donald Trump, interpretadas como indicação de certo alívio nas relações com o Irã, o Ibovespa caiu 0,36% (116.247,03 pontos).

Nesta quinta, o Ibovespa iniciou o pregão em leve baixa, mas, às 10h17, subia 0,07%, aos 116,332,89 pontos

“Só não acompanhou ontem por causa do petróleo, que contaminou as ações da Petrobras. Acabou segurando, mas hoje o quadro é mais tranquilo”, avalia o economista-chefe do ModalMais, Álvaro Bandeira.

Nesta quinta-feira, o petróleo opera perto da estabilidade, em leve alta, no mercado internacional, após fechar com valorização de 4,93% em Nova York e de 4,15% em Londres, na véspera. A escalada nas cotações reacendeu o debate sobre medidas para conter os reflexos da elevação da commodity sobre os preços dos combustíveis no Brasil.

Após o aumento da tensão geopolítica no Oriente Médio, o governo brasileiro vem debatendo o assunto e a expectativa é que até o início de março apresente um instrumento que sirva para equalizar os valores dos combustíveis em momentos de alta na cotação da commodity. Uma das possibilidades é a criação de um fundo que seria abastecido com recursos de royalties e participações especiais provenientes de petróleo e gás.

Para alguns, medidas do tipo são vistas como ingerência política na dinâmica de preços da Petrobras e podem atrapalhar o desempenho das ações da empresa na B3. “Toda vez que começam a interferir, a luz amarela acende. Nunca se sabe o que poderá sair”, diz um especialista em renda variável.

“Qualquer medida que não seja a que leva em consideração oferta e demanda e a política de preços da estatal é ruim. Acaba gerando incerteza”, comenta Bandeira.

Quanto à produção industrial de novembro, que mostrou queda de 1,2% na margem e recuo de 1,7% na comparação com o penúltimo mês de 2018, o economista do ModalMais avalia que os resultados são de fato desfavoráveis, mas não devem influenciar os negócios na B3. “O importante é que agora as estimativas indicam crescimento da indústria em 2020”, pondera.

As quedas da produção industrial vieram piores que as medianas das estimativas na pesquisa do Projeções Broadcast, de recuos de 0,50% (-1,60% a alta de 0,40%) e de 0,70% (-1,90% a alta de 2,0%), respectivamente.

No entanto, o investidor deve monitorar a notícia de que a S&P Global Rating cortou a nota de crédito global da Natura Cosméticos de BB para BB-, e a nota de crédito em moeda local de brAAA para brAA-. Foram removidas as perspectivas negativas para ambas as notas.

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