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Economia

Castello Branco diz que petróleo a US$ 100 é coisa do passado

Por Agência Estado

30 de outubro de 2019, às 14h10 • Última atualização em 30 de outubro de 2019, às 16h44

O presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, voltou a alertar que o preço do barril a US$ 100 é coisa do passado, mas afirmou que, mesmo lentamente, a demanda por petróleo deve registrar crescimento de 1% por ano a nível global nas próximas décadas.

Em apresentação na OTC 2019, feira global do setor de petróleo, Castello Branco disse que espera também o crescimento da demanda do setor de gás natural e que a Petrobras está se preparando para isso.

“O gás está ganhando espaço e assim como o petróleo vai se tornar uma commodity global” disse Castello Branco durante palestra-almoço na OTC.

Segundo ele, a demanda por petróleo deve crescer 38% até 2040, mantendo a fonte como a principal geradora de energia no País.

O Brasil, em 2040, ainda terá 56% da demanda concentrada em petróleo, enquanto a energia eólica será responsável por 15% do atendimento da demanda e o solar 11%, de acordo com dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP)apresentados pro Castello Branco no evento.

O executivo disse ainda que vai continuar buscando a redução de custos da companhia e que está otimista com a venda de metade do seu parque de refino para a iniciativa privada, operação que deve ser concluída em 2020.

“O Brasil vai ganhar oito novos players no refino”, disse referindo-se às oito refinarias que foram postas à venda pela estatal e que, para evitar a concentração de mercado, deverão ser vendidas para donos diferentes.

Mesmo reduzindo sua participação em algumas áreas, a estatal continuará a participar ativamente dos leilões de petróleo, afirmou, mesmo com uma presença mais discreta do que no passado. Em 2003, com o mercado recém-aberto à iniciativa privada, a Petrobras teve uma participação de 93% nos leilões de áreas de petróleo e gás natural do governo, posição que em 2018 foi reduzida para 24%, refletindo a nova postura da estatal e a entrada de mais concorrentes no mercado brasileiro.

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