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Economia

Caixa abrirá mais mil pontos novos de atendimento até março de 2020

Do total, serão 700 lotéricas, 30 agências e postos e 270 correspondentes bancários

Por Agência Estado

12 de novembro de 2019, às 14h03 • Última atualização em 12 de novembro de 2019, às 15h45

O presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, anunciou que o banco público abrirá mais mil pontos de atendimento novos até março de 2020. Do total, serão 700 lotéricas, 30 agências e postos e 270 correspondentes bancários.

Apesar de ir na contramão dos grandes bancos, que estão enxugando a rede física, Guimarães disse que a abertura de novas unidades faz sentido por conta da gestão do FGTS.

“A abertura de novas agências faz sentido porque somos gestores do FGTS. Como não termos presença nos 5.570 municípios?”, questionou Guimarães, em coletiva de imprensa, na sede do banco, no período da manhã desta terça-feira, 12.

Parcerias em seguros

O presidente da Caixa Econômica Federal confirmou o recebimento de ofertas vinculantes para oito parcerias em seguros, conforme antecipou a Coluna do Broadcast. “Até o fim do ano vamos anunciar as parcerias que devem nos render alguns bilhões de reais”, disse ele, sem mais detalhes.

De acordo com Guimarães, a negociação das parcerias em seguros está no mês final. A Caixa procura novos sócios nas áreas de assistência 24 horas, automóvel, capitalização, consórcio, saúde, odontologia, grandes riscos e, por fim, habitacional e residencial.

O ganho com a venda de ativos, conforme Guimarães, impactará o resultado do banco público somente em 2019. Até agora, já foram mais de R$ 26 bilhões. Na área de seguros, a Caixa já fechou um novo acordo com a atual sócia, a francesa CNP Assurances, no valor de R$ 7,8 bilhões.

Impedimento operacional

O presidente da Caixa Econômica Federal afirmou que o banco não tem nenhum impedimento operacional para listar as ações da sua seguradora na bolsa. A última questão, conforme o executivo, foi a apresentação das ofertas vinculantes, que são passaporte para interessados arrematarem os ativos ofertados, na segunda, dia 11.

“Não poderíamos fazer o IPO da Caixa Seguridade sem as parcerias. Não posso adiantar mais nada. Esse é um ponto fundamental além de todas as etapas do TCU (Tribunal de Contas da União)”, explicou Guimarães.

Segundo ele, o banco teve um nível de demanda “muito forte” de exigências do TCU, mas que está “cumprindo com tranquilidade”. “Houve atraso com essas questões. Não posso dar uma data (para o IPO de seguros). Temos ainda aprovações internas”, relembrou o executivo.

Na área de cartões, segundo Guimarães, falta ainda avançar na negociação de parcerias. Esse mês, de acordo com ele, a Caixa receberá ofertas vinculantes também nesse segmento.

Banco Pan

O presidente da Caixa reforçou que o banco vai se desfazer de toda a sua participação no banco Pan (ex-Panamericano) em até três anos. Esse movimento, conforme ele, será feito “com calma”. A Caixa já vendeu uma parte das ações que detinha no Pan em uma oferta subsequente de ações (follow on), realizada este ano.

‘Padaria do Seu Joaquim’

Guimarães afirmou que o banco público não vai emprestar recursos para grandes companhias, o que justifica a queda da carteira neste ano. “Não somos o banco da Petrobras, mas da padaria do Seu Joaquim”, disse ele.

A Caixa viu sua carteira de pessoa jurídica encolher 5,0% no terceiro trimestre ante o segundo, para R$ 40,2 bilhões. Em um ano, a queda chega a 29,7%. O impacto, conforme Guimarães, se dá por conta do vencimento de uma operação de R$ 8 bilhões junto à Petrobras e que não foi renovado.

“Quando não renovamos R$ 8 bilhões faz uma diferença muito grande e que demora para que seja compensada”, explicou Guimarães.

Segundo ele, o foco da Caixa é nas áreas de crédito imobiliário e de infraestrutura. Para grandes empresas, o banco não vai atuar em linhas de capital de giro, por exemplo, e sim na área de investimentos, cujas operações podem ser feitas no mercado de capitais.

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