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Economia

Bolsas de NY sobem, com ata do Fed no radar e ganhos no consumo discricionário

Por Agência Estado

21 de agosto de 2019, às 18h41 • Última atualização em 21 de agosto de 2019, às 18h57

As principais bolsas de Nova York fecharam a sessão desta quarta no positivo, com altas expressivas registradas, principalmente, no setor de consumo discricionário. O pregão operou no azul desde a abertura, à espera da ata da reunião de política monetária de julho do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), e sustentou os ganhos após a publicação do documento.

O índice Dow Jones avançou 0,93% para 26.202,73 pontos, rompendo novamente a barreira psicológica dos 26 mil pontos que havia perdido no pregão de terça. Já o S&P 500 subiu 0,82% para 2.924,43 pontos, enquanto o Nasdaq ganhou 0,90%, aos 8.020,21 pontos.

Os onze subíndices do S&P 500 fecharam em alta, com ganhos encabeçados pelo consumo discricionário após Target (+20,43%) e Lowe’s (+10,35%) surpreenderem nos balanços trimestrais. O mesmo setor registrou altas como Amazon (+1,23%), Nike (+2,74%) e Whirlpool (+2,18%).

Na tarde desta quarta, o presidente americano Donald Trump comentou brevemente que “provavelmente” fará um acordo comercial com a China, caso seja “bom para os EUA”, mas não suscitou fortes reações do mercado.

A ata do Fed veio em linha com o comunicado e a coletiva de imprensa do presidente da entidade, Jerome Powell, em julho. Em geral, os dirigentes avaliaram que os riscos negativos à perspectiva econômica dos EUA diminuíram um pouco desde julho, e concordaram que o corte de 25 pontos-base no mês passado foi amplamente visto pelos integrantes como um “ajuste de meio de ciclo”.

Houve, porém, fatos posteriores à reunião do Fed que podem ter alterado a avaliação, como a mais recente tarifa dos EUA contra produtos da China e alguns indicadores modestos pelo mundo. Com isso, os olhares dos investidores devem se voltar agora para o simpósio anual do Fed em Jackson Hole, onde Powell discursará na sexta-feira, em busca de sinais sobre os próximos passos do banco central.

O estrategista sênior para EUA do Rabobank, Philip Marey, avalia que a postura de “gerenciamento de risco” adotada pelo Fed amplifica os efeitos da política comercial sobre a política monetária. “Trump só precisa elevar tarifas ou adotar outra medida protecionista para forçar o Fed a cortar juros novamente”, afirma.

Para Marey, a caracterização do corte mais recente dos juros como um ajuste é um “delírio” de Powell, ressaltando que houve escalada nas tensões entre EUA e China desde a reunião e que o mercado já precifica dois a três cortes adicionais ainda este ano. Além disso, “o Fed continua a minimizar as implicações da inversão da curva de juros, embora já tenhamos demonstrado que o argumento deles é falho e que os sinais de recessão devem ser levados a sério”, escreve o analista.

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