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Economia

Bolsas de NY sobem com aceno americano à Huawei, EUA-China e sinais globais

Por Agência Estado

19 de agosto de 2019, às 18h20 • Última atualização em 19 de agosto de 2019, às 18h43

As principais bolsas de Nova York encerraram no positivo, com ganhos sólidos em setores como energia e tecnologia após o governo dos Estados Unidos renovar por 90 dias a permissão de exportações para a chinesa Huawei. A possibilidade de uma conversa entre EUA e China nos próximos dias também aqueceu os pregões, bem como a sinalização de estímulos dos governos chinês e alemão.

O índice Dow Jones subiu 0,96% para 26.135,79 pontos e o Nasdaq avançou 1,35% para 8.002,81 pontos, ambos ultrapassando as importantes marcas psicológicas de 26 mil e 8 mil pontos. Já o S&P 500 ganhou 1,21%, aos 2.923,65 pontos, com todos os subíndices fechando a segunda-feira no azul.

Os ganhos foram liderados pelo setor energético, onde ações como Chevron (+1,30%), ExxonMobil (+4,80%) e ConocoPhillips (+4,80%) subiram junto com os preços do petróleo. Outros setores cíclicos, como tecnologia, serviços de comunicação e consumo discricionário registraram altas, como Whirlpool (+2,69%), Apple (+1,86%), Microsoft (+1,67%), Netflix (+2,17%), Amazon (+1,31%) e Alphabet (controladora da Google, +1,80%).

“Um otimismo cauteloso prevaleceu nos mercados financeiros, guiado por notícias positivas no lado comercial e expectativas de estímulo monetário e fiscal, superando as preocupações com uma desaceleração global”, avalia o analista Vitor Sun Zou, do BBVA.

Nesta manhã, o secretário de Comércio dos EUA, Wilbur Ross, confirmou à Fox Business a extensão da licença de venda à Huawei, afirmando que “ninguém gosta de perder um bom cliente”. O anúncio veio na esteira da declaração dada pelo diretor do Conselho Econômico da Casa Branca, Larry Kudlow, de que negociadores americanos e chineses podem conversar por teleconferência dentro dos próximos dez dias.

Do outro lado do Atlântico, o ministro de Finanças da Alemanha, Olaf Scholz, sugeriu ontem que Berlim poderá elevar os gastos públicos em 50 bilhões de euros para conter uma possível recessão do país. Mais ao Leste, o Banco Popular da China (PBoC, na sigla em inglês) divulgou no fim de semana um plano de reforma da taxa de juros, visando à redução do custo de financiamento para empresas impactadas pela desaceleração econômica no cenário da guerra comercial.

O noticiário econômico de hoje contou ainda com o forte recuo dos American Depositary Receipts (ADRs) de companhias Argentinas em Nova York, após a renúncia do ministro da Fazenda, Nicolás Dujovne. O evento pressionou papéis como da petrolífera YPF (-7,39%) e dos bancos Supervielle (-15,78%) e Macro (-15,26%).

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