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Economia

Bolsas de NY fecham mistas, com ameaça de retaliação chinesa e dados nos EUA

Por Agência Estado

15 de agosto de 2019, às 18h43 • Última atualização em 15 de agosto de 2019, às 20h06

Os principais índices de Nova York encerraram o pregão desta quinta-feira sem direção única. A ameaça da China de retaliar as tarifas americanas pesou sobre as bolsas, mas foi diluída ao longo do dia pela retórica mais branda adotada pelo próprio governo chinês e por indicadores econômicos domésticos fortes, bem como pelo balanço forte do Walmart.

O índice Dow Jones avançou 0,39% para 25.579,39 pontos, enquanto o S&P 500 subiu 0,25% para 2.847,60 pontos. Já o Nasdaq registrou leve queda de 0,09%, aos 7.766,62 pontos.

Em sessão de forte volatilidade, seis dos onze índices do S&P 500 fecharam no positivo. O destaque de ganhos foi Walmart (+6,11%), que registrou lucro acima do esperado no segundo trimestre fiscal, segundo balanço publicado hoje. Impulsionado pelo Walmart, o setor de bens de primeira necessidade liderou ganhos no S&P 500.

Em contraste, as ações da General Electric (-11,30%) registraram o maior recuo porcentual em mais de dez anos, em meio a acusações de fraude após um relatório divulgado pelo empresário Harry Markopolos revelar que a empresa mascarou problemas contábeis de cerca de US$ 38 bilhões.

No início do dia, o Ministério de Finanças da China criticou a política comercial dos Estados Unidos e defendeu que Pequim tome “contramedidas necessárias” para retaliar às tarifas americanas, alegando violações do acordo firmado entre os presidentes Donald Trump e Xi Jinping na cúpula do G20, em junho.

Horas depois, uma porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês reduziu o tom de agressividade, afirmando que Pequim espera que Washington cumpra com os termos acordados no G20 e pediu por “igualdade e respeito mútuo” nas negociações.

Ainda nesta manhã, nos EUA, dados domésticos importantes como vendas no varejo e atividade industrial na região de NY registraram avanço acima do previsto e contribuíram para aquecer o pregão. “Os dados econômicos foram sólidos, oferecendo boas notícias aos investidores em meio à onda de manchetes conflitantes”, escrevem analistas do LPL. Por outro lado, a produção industrial recuou 0,2% em julho ante junho, ante previsão de alta de 0,1% dos analistas.

Também no noticiário econômico, o presidente da distrital de St. Louis do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), James Bullard, disse que gostaria de tomar medidas “para ter a certeza” de que os EUA atingirão a meta de inflação de 2,0%. Além disso, Bullard pontuou que é necessário esperar que a inversão da curva de juros entre os Treasuries de dois e dez anos seja sustentada por mais tempo antes de avaliar a situação.

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