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Economia

Bolsas de NY fecham em queda, com impactos do coronavírus e Trump no radar

Por Agência Estado

20 de março de 2020, às 18h25 • Última atualização em 20 de março de 2020, às 18h39

As bolsas de Nova York fecharam em queda, nesta sexta-feira, 20, encerrando sua pior semana de 2008, de acordo com a imprensa americana. Após uma abertura mista, os índices aprofundaram perdas, em meio a declarações do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e de mais medidas para restringir a circulação de pessoas para conter a pandemia de coronavírus, inclusive no Estado de Nova York. Assim, mesmo medidas de bancos centrais e governos não foram suficientes para apoiar os índices acionários.

O índice Dow Jones fechou em queda de 4,55%, em 19.173,98 pontos, o Nasdaq recuou 3,79%, a 6.879,52 pontos, e o S&P 500 teve baixa de 4,34%, a 2.304,92 pontos. Na comparação semanal, o Dow Jones caiu 17,30%, o Nasdaq recuou 12,64% e o S&P 500, 14,98%.

Além do noticiário, a volatilidade foi ainda impulsionada hoje pelo “quadruple witching”, como é chamado o dia de vencimento simultâneo de futuros e opções. Os índices pioraram à tarde, durante entrevista coletiva do presidente Donald Trump. O líder americano voltou a expressar otimismo sobre as chances de uma recuperação mais adiante, após o coronavírus ser contido, mas isso ainda parece algo distante. Trump comentou também que “não era fã” do fato de que companhias fizeram recompras de ações, após a aprovação de um corte de impostos anteriormente no seu governo, e sugeriu que há um esforço do governo para evitar medidas do tipo, após a provável concessão de ajuda às companhias por causa dos impactos do coronavírus. Além disso, ele reforçou controles nas fronteiras com Canadá e México, vetando viagens não essenciais, e restringiu voos entre os dois países.

Em Nova York, o governador Andrew Cuomo reforçou restrições à circulação, no momento em que o Estado continua a enfrentar um aumento nos casos do Covid-19, igualmente penalizando as ações, com várias máximas na reta final do fechamento. A Capital Economics avalia em relatório que, apesar de medidas de governos e bancos centrais para tentar apoiar a atividade, uma reação sustentada nos mercados acionários ocorrerá apenas após o vírus perder força. A consultoria acredita que as ações podem cair um pouco mais, apesar dos fortes recuos recentes, e projeta uma “grande recuperação” no segundo semestre do ano.

As revisões para baixo nas projeções para os EUA e o mundo não ajudavam o humor. A IHS Markit, por exemplo, previu hoje que a economia americana encolherá 13% no segundo trimestre, com recuo de 1,7% no PIB em todo o ano de 2020, além de dizer que uma situação de pleno emprego no país deve voltar a ocorrer apenas em 2023.

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