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Economia

Bolsas de NY fecham em queda, com dados econômicos negativos e balanços

Por Agência Estado

30 de abril de 2020, às 17h23 • Última atualização em 30 de abril de 2020, às 19h04

As bolsas de Nova York fecharam em queda nesta quinta-feira, 30, repercutindo uma série de dados negativos que indicam a dimensão do impacto negativo do coronavírus na economia, além de balanços corporativos referentes ao primeiro trimestre de 2020.

O índice Dow Jones encerrou em baixa de 1,17%, a 24.345,72 pontos, o S&P 500 cedeu 0,92%, a 2.912,43 pontos e o Nasdaq caiu 0,28%, a 8.889,55 pontos. O índice VIX, espécie de termômetro do medo em Wall Street, avançou 10,02%, a 34,36 pontos.

Um dia após o divulgar que o Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos contraiu 4,8%, em termos anualizados, no primeiro trimestre do ano, o Departamento do Comércio informou hoje que os gastos com consumo despencaram 7,5% em março e a renda pessoal caiu 2%. Já o Departamento do Trabalho revelou que, na semana encerrada em 25 de abril, os pedidos de auxílio desemprego somaram 3,8 milhões, mais do que o previsto por analistas consultados pelo jornal The Wall Street Journal.

Pelos cálculos do Credit Suisse, os dados de hoje apontam para um total de quase 28 milhões de novos pedidos pelo benefício nas últimas cinco semanas, período no qual os efeitos da covid-19 ficaram mais pronunciados. “Ainda é cedo para concluir que o mercado de trabalho atingiu um ponto de inflexão, pois continuamos vendo um grande número de pedidos de seguro”, avalia, em relatório enviado a clientes.

A agenda de balanços corporativos cheia também influenciou os negócios. O papel da American Airlines perdeu 4,91%, após a área informar que teve prejuízo líquido de US$ 2,241 no primeiro trimestre, bem acima do esperado pelo mercado, na esteira do forte impacto do coronavírus no setor. ConocoPhilips, por outro lado, surpreendeu no ganho por ação e oscilou em positivo em boa parte do dia, mas acabou terminando em leve queda de 0,19%. O McDonald’s, por sua vez, teve lucro de US$ 1,107 bilhão, abaixo das expectativas, o que fez sua ação recuar 0,11%.

O dia foi ainda mais movimentado no setor de tecnologia. Facebook saltou 5,23% e Google subiu 0,31%, após as gigantes do Vale do Silício mostrarem estabilização na venda de publicidade. Já Apple ganhou 2,16%, à espera da divulgação dos seus balanços corporativos. Por outro lado, os resultados do Twitter não agradaram, com o papel despencando 7,75%.

No after hours, Amazon perdia 4,78% às 17h10, enquanto Visa subia 0,92%, logo após a divulgação de seus números referentes ao período de janeiro a março de 2020.

Já ação da Boeing terminou com alta de 1,45%, após a emissora CNBC afirmar, a partir de fontes, que houve demanda robusta por bônus da companhia. A Fitch e a S&P atribuíram nesta manhã grau de investimento aos papéis.

À tarde, o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) anunciou expansão no escopo do programa de crédito para apoiar pequenas e médias empresas, o que trouxe alívio momentâneo aos índices acionários. No entanto, a melhora não se sustentou e cautela permaneceu ao longo do pregão.

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