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Economia

Bolsas de NY caem e Dow Jones perde os 29 mil pontos com cautela por coronavírus

Por Agência Estado

24 de janeiro de 2020, às 18h52 • Última atualização em 24 de janeiro de 2020, às 19h37

As bolsas de Nova York fecharam em queda nesta sexta-feira, 24, pressionadas novamente pela cautela com o surto de coronavírus, que já tem dois casos confirmados nos Estados Unidos e mais dois na Europa, onde ainda não haviam aparecido infectados.

O Dow Jones caiu 0,59% e perdeu os 29 mil pontos, a 28.989,59 pontos, e registrou perda semanal de 0,88%. O S&P 500 recuou 0,90%, a 3.295,45 pontos, e apresentou queda de 0,55% na semana. O Nasdaq, por sua vez, que chegou a renovar recorde intraday, cedeu 0,93% hoje e 0,09% na semana.

O cenário fez o índice de volatilidade VIX, considerado o “medidor de medo” de Wall Street, a terminar o dia com salto de 11,79%, a 14,51 pontos, por volta de 18h05, após atingir o nível mais alto desde 6 de janeiro, quando se ampliavam as tensões entre EUA e Irã.

O segundo caso de coronavírus confirmado nos EUA e um suposto terceiro, além dos primeiros casos na Europa, pesaram mais na percepção de investidores do que o alívio observado mais cedo, após a Organização Mundial da Saúde (OMS) ter decidido ontem não declarar a situação como uma emergência de saúde pública.

Entre analistas, ainda há quem veja o eventual impacto econômico do surto de coronavírus como pouco relevante. “A experiência do episódio da SARS que afetou países asiáticos em 2003 sugere que as consequências econômicas serão materiais, mas transitórias”, diz o Barclays.

Há, contudo, impactos indiretos, reitera o Wells Fargo. “Esperamos que qualquer impacto econômico de curto prazo seja limitado e concentrado no Leste Asiático, mas a economia dos EUA é certamente mais vulnerável a choques nesta fase do ciclo. O sentimento é importante”, dizem os analistas.

No setor corporativo, por outro lado, os balanços da American Express e da Intel impulsionaram as ações e os papéis terminaram em alta de 2,85% e 8,13%, respectivamente. O destaque ficou com a ação da Boeing, que reverteu a queda para terminar com ganho de 1,66%, após a Administração Federal de Aviação americana afirmar que a autorização para o modelo 737 Max retomar as atividades pode ocorrer antes do meio do ano.

Na próxima semana, investidores acompanharão a decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), na quarta-feira, e a primeira estimativa do Produto Interno Bruto (PIB) do quarto trimestre dos EUA, na quinta. Também são esperados balanços de algumas das principais empresas listadas em Wall Street, como Apple e Boeing.

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