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Economia

Bolsas de Nova York fecham em alta com maior apetite por risco

Por Agência Estado

08 de agosto de 2019, às 19h21 • Última atualização em 08 de agosto de 2019, às 20h42

As bolsas de Nova York encerraram esta quinta-feira, 8, em terreno positivo, com os índices Nasdaq e S&P 500 acima dos níveis de fechamento de sexta-feira, última sessão antes do derretimento dos mercados no início da semana atual.

O índice Dow Jones fechou em alta de 1,43%, aos 26.378,19 pontos, enquanto o S&P 500 avançou 1,88% para 2.938,09 pontos e o Nasdaq ganhou 2,24%, aos 8.039,16 pontos.

O mercado recobrou parte do apetite por risco, embora as incertezas sobre o comércio externo e as preocupações com o crescimento global persistam. A China foi um catalisador deste movimento, ao divulgar dados sobre as exportações mais fortes que o previsto, e também ao fixar o yuan mais forte que o esperado ante o dólar, embora ainda tenha aplicado a maior desvalorização à moeda desde 2008.

“O valor mais alto que as expectativas foi tomado como um sinal de que a desvalorização cambial não está sendo usada como arma na guerra comercial, gerando resposta positiva nos mercados acionários”, avaliam analistas do LPL Research. Por outro lado, os especialistas do banco reforçam que a pressão das tensões comerciais persiste, e “ainda não está claro se a expansão das exportações é uma mudança estrutural sustentável ou um produto de fatores temporários no ambiente de comércio volátil”.

Mesmo assim, o clima mais propenso ao risco impulsionou as bolsas, e todos os subíndices do S&P 500 fecharam o dia no azul, acima de 1% ao menos. Os maiores ganhos foram no setor de energia, com altas expressivas da Chevron (+3,47%), ExxonMobil (+2,67%) e ConocoPhillips (+3,28%). Também teve destaque o segmento de tecnologia, com ganhos como Apple (+2,21%), Microsoft (+2,67%) e IBM (+1,90%).

No subíndice de serviços de comunicação, houve bom desempenho de Facebook (+2,71%), Alphabet (controladora da Google, +2,58%) e Netflix (+3,82%). A Disney (+2,25%) teve destaque por sua recuperação, após recuar quase 5% no pregão de quarta, repercutindo a queda significativa de seu lucro no terceiro trimestre fiscal. A recuperação foi apoiada ainda pela melhora na recomendação para o papel da Disney pelo Credit Suisse.

Também nesta quinta-feira, o Fed voltou a ser alvo do presidente Donald Trump, que afirmou que os juros da instituição encarecem o dólar e “prejudicam fabricantes americanas como Caterpillar e Boeing”. Não houve impacto considerável da fala de Trump sobre as ações destas empresas. Tanto a Caterpillar (+1,03%) quanto a Boeing (+2,13%) fecharam em alta, e o subíndice do setor industrial do S&P 500 avançou 1,66%.

“Os agentes do mercado parecem estar mais propensos a enxergar as constantes pancadas do presidente no Fed apenas como ‘Trump sendo Trump'”, sugere o economista-chefe da HFE Economics, Jim O’Sullivan. “Nós concordamos em parte, mas certamente não achamos que as broncas constantes têm contribuído para a confiança nos formuladores de políticas.”

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