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Economia

Bolsas da Europa sobem com sinais positivos sobre guerra comercial

Por Agência Estado

29 de agosto de 2019, às 14h36 • Última atualização em 29 de agosto de 2019, às 15h39

Os mercados acionários europeus encerraram o pregão desta quinta-feira em alta, com amenização dos temores em relação à guerra comercial, após o porta-voz do Ministério do Comércio da China (MofCom), Gao Feng, afirmar que as retaliações do país asiático aos Estados Unidos são “suficientes”. Além disso, a diretora-gerente afastada do Fundo Monetário Internacional (FMI) e indicada para a presidência do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, deu declarações que abrem espaço para cortes na taxa básica de juros na zona do euro, enquanto na Itália agradou a formação de um novo governo. Diante do cenário, o índice pan-europeu Stoxx 600 fechou o dia em alta de 0,99%, aos 376,50 pontos.

O bom humor deu o tom nos mercados internacionais após Gao Feng sinalizar que a China não deve anunciar novas retaliações aos EUA, no contexto da guerra comercial, ao classificar as contramedidas de Pequim como “suficientes”.

Ajudaram no clima de apetite por risco falas de Christine Lagarde, que afirmou não acreditar que a autoridade monetária da zona do euro tenha atingido o limite inferior efetivo de taxas de juros, sinalizando que ainda há espaço para cortes.

Nesta quinta-feira, também, a Comissão Europeia divulgou que o índice de sentimento econômico da zona do euro subiu de 102,7 em julho para 103,1 em agosto, surpreendendo analistas. “O ganho modesto sugere alguma estabilização, mas não dá motivos para posturas hawkish”, diz Bert Colijn, economista-sênior do ING.

Apesar da precificação do mercado para estímulos monetários em setembro, alguns dirigentes do BCE têm mostrado tom mais cauteloso. O presidente do BC holandês e membro do conselho de dirigentes do BCE, Klass Knot, afirmou que a compra de ativos por meio do programa de flexibilização quantitativa (QE, em inglês) por parte da autoridade monetária não é necessária no momento, já que a economia da zona do euro não estaria tão fraca a ponto de justificar isso.

Diante do noticiário em geral positivo para os mercados acionários, o índice DAX, da bolsa de Frankfurt, encerrou o dia em alta de 1,18%, aos 11.838,88 pontos, com o Deutsche Bank avançando 1,45%.

Os maiores ganhos no Velho Continente se deram na bolsa de Milão, cujo índice FTSE MIB fechou em alta de 1,94%, aos 21.398,17. O fortalecimento foi auxiliado, também, pela formação de coalizão entre o Partido Democrático e o Movimento 5 Estrelas, o que levou o presidente da Itália, Sergio Mattarella, a conceder a Giuseppe Conte um novo mandato para tentar formar um governo. Por lá, o Intesa Sanpaolo ganhou 2,28%.

O setor bancário também se fortaleceu na bolsa de Paris, com o Société Générale subindo 2,01% e o índice CAC 40, 1,51%, aos 5.449,97 pontos. Em Londres, o Barclays avançou 1,01% e o índice FTSE 100 fechou em alta de 0,98%, aos 7.184,32 pontos.

O índice Ibex 35, da bolsa de Madri, subiu 0,54%, aos 8.794,30 pontos, e o PSI 20, da bolsa de Lisboa, se fortaleceu 0,33%, para 4.813,74 pontos.

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