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Economia

Bolsas da Europa fecham em queda após dado da China reforçar cautela global

Por Agência Estado

09 de dezembro de 2019, às 14h50 • Última atualização em 09 de dezembro de 2019, às 15h54

As bolsas europeias fecharam em baixa nesta segunda-feira, 9. Os índices foram pressionados pela queda das exportações chinesas, fazendo renascer as preocupações de uma desaceleração da atividade global. Os investidores ainda se preparavam para uma semana importante na política monetária, com reuniões do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), na quarta-feira, e do Banco Central Europeu (BCE), na quinta-feira. Além disso, seguiu no radar a proximidade das eleições no Reino Unido, que têm dado novo fôlego à libra esterlina.

O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em queda de 0,24%, em 406,39 pontos.

O mercado internacional iniciou o dia de olho nos dados da economia chinesa. Em novembro, as exportações do país sofreram queda anual de 1,1%, decepcionando analistas que previam alta de 1%. O resultado é divulgado em meio às prolongadas negociações entre EUA e China por um acordo comercial preliminar. No dia 15, entra em vigor um novo aumento de tarifas americanas sobre produtos chineses.

Com a agenda lotada, ficou para segundo plano o superávit comercial da Alemanha no mês de outubro, de 20,6 bilhões de euros, divulgado hoje pela agência de estatísticas do país, a Destatis. O resultado ficou acima da expectativa de analistas consultados pelo The Wall Street Journal, que previam 18,9 bilhões de euros. As exportações alemãs cresceram 1,2% em outubro ante setembro, também surpreendendo economistas, que estimavam queda de 0,3%.

De acordo com a analista Katharina Koenz, da Oxford Economics, “as notícias positivas do comércio são um bem-vindo alívio depois que dados da semana passada mostraram que a produção industrial alemã caiu para uma mínima cíclica em outubro”. Para a analista, como a indústria alemã tem sido um elemento-chave da fraqueza da zona do euro nos últimos trimestres, ver uma luz no fim do túnel para a recessão industrial é um sinal positivo para toda a zona do euro. “No entanto, continuamos cautelosamente otimistas de que em 2020 a indústria alemã deixará de ser um empecilho para a economia da zona do euro, mesmo que ainda estejamos prevendo uma retomada significativa”, conclui.

A eleição no Reino Unido, marcada para 12, será um dos eventos mais acompanhados pelos investidores do continente nesta semana, com o Partido Conservador à frente nas pesquisas, o que tem impulsionado a libra. O movimento no câmbio tende a pressionar ações de exportadoras britânicas. Na Bolsa de Londres, o índice FTSE 100 oscilou entre perdas e ganhos próximo ao horário de fechamento e encerrou o pregão com recuo de 0,08%, com 7.233,90 pontos. O papel da BP acumulou perdas de 0,39% e o do HSBC, de 0,27%.

O índice DAX, da Bolsa de Frankfurt, fechou em queda de 0,46%, a 13.105,61 pontos. Destaque para as ações do setor automotivo. Os papéis da Daimler desvalorizaram 0,91%, os da BMW, 0,84%, enquanto as ações da Volkswagen caíram 0,44%.

O índice CAC 40, da Bolsa de Paris, recuou 0,59%, a 5.837,25 pontos. Na Bolsa de Milão, o índice FTSE MIB teve queda de 0,97%, a 22.956,90 pontos.

Em Madri, o índice Ibex 35 fechou em queda de 0,30%, em 9.354,60 pontos, encerrando na mínima do dia. Na Bolsa de Lisboa, o índice PSI 20 caiu 0,22%, a 5.161,51 pontos.

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