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Covid-19

Bolsas da Europa fecham em forte baixa, com restrições à circulação e coronavírus

Por Agência Estado

16 de março de 2020, às 14h41 • Última atualização em 16 de março de 2020, às 15h28

As bolsas europeias registraram baixas acentuadas nesta segunda-feira, 16, em meio a restrições de circulação causadas pelo coronavírus. Após várias nações já terem definido medidas, a Comissão Europeia recomendou que toda a União Europeia restrinja viagens não essenciais durante 30 dias, embora também tenha dito que pretende trabalhar para garantir a manutenção de fluxo de produtos.

O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em queda de 4,86%, em 284,63 pontos.

Após a Itália já ter tomado medidas para restringir a circulação, o governo da Espanha anunciou o isolamento do país por 15 dias. Além disso, Alemanha e França bloquearam grandes partes de suas economias e endureceram fronteiras, para tentar impedir a propagação da doença. Hoje, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, afirmou que a União Europeia pretende impor restrição a viagens não essenciais durante 30 dias – o assunto deve ser discutido com líderes do bloco nesta terça-feira. Ao mesmo tempo, a UE quer estabelecer “vias rápidas” para dar prioridade ao transporte de produtos essenciais, como alimentos e medicamentos.

Após a abertura em Nova York, os índices europeus ampliaram as perdas, com quedas que chegaram a ultrapassar os 10%, após as bolsas americanas acionarem o circuit breaker logo após a abertura. Mais adiante, as praças europeias reduziram as perdas, mas ainda em território firmemente negativo.

O Erste Group afirma em relatório que a rápida disseminação da doença no continente e as “medidas preventivas abrangentes” adotadas pelos governos devem pesar sobre a atividade da zona do euro. O ING, por sua vez, pede medidas “coordenadas” e “grandes” dos governos do continente para se contrapor ao cenário. Von der Leyen disse que há discussões de medidas para apoiar a economia.

Segundo a Reuters, discussões internas da Comissão Europeia falavam sobre o risco de uma contração econômica de 2,5% neste ano, enquanto um documento do órgão citava expectativa de recuo de 1,0%.

Nesse quadro, na Bolsa de Londres o índice FTSE 100 fechou em queda de 4,01%, em 5.151,08 pontos. Os bancos se saíram mal, com Lloyds em baixa de 7,34% e Barclays, de 13,01%. A petroleira BP cedeu 6,13%, em novo dia negativo para o petróleo.

Em Frankfurt, o índice DAX caiu 5,31%, a 8.742,25 pontos. Entre os papéis mais negociados, Deutsche Bank caiu 3,90% e Commerzbank, 7,30%.

Na Bolsa de Paris, o índice CAC 40 registrou baixa de 5,75%, a 3.881,46 pontos.

O índice FTSE MIB, da Bolsa de Milão, caiu 6,10%, a 14.980,34 pontos. No setor de energia ENI caiu 6,06%, enquanto Intesa Sanpaolo recuou 9,75%.

Em Madri, o índice IBEX 35 fechou em queda de 7,88%, a 6.107,20 pontos. Santander caiu 10,61% e Banco de Sabadell, 13,12%, entre os papéis mais negociados.

Na Bolsa de Lisboa, o índice PSI 20 recuou 4,36%, a 3.670,03 pontos.

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