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Economia

Bolsas da Europa fecham alta com postura ‘dovish’ de bancos centrais

Por Agência Estado

20 de junho de 2019, às 14h54 • Última atualização em 20 de junho de 2019, às 15h47

As bolsas da Europa fecharam majoritariamente em alta nesta quinta-feira, na esteira das indicações recentes dos bancos centrais do Reino Unido, da Austrália, do Japão e dos Estados Unidos de que cortes nos juros não estão descartados para reuniões futuras de seus comitês de política monetária. O índice pan-europeu Stoxx 600 avançou 0,50%, em 386,68 pontos.

O presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Jerome Powell, afirmou ontem que o argumento para uma maior acomodação em solo americano cresceu desde a reunião de maio. Na mesma linha, o presidente do Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês), Haruhiko Kuroda, disse que o banco não hesitará em afrouxar ainda mais a política monetária japonesa caso seja necessário. Philip Lowe, presidente do Banco da Reserva da Austrália (RBA, na sigla em inglês), por sua vez, afirmou que a possibilidade de reduzir a taxa básica de juros “continua sobre a mesa”, enquanto no Reino Unido o Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês), a percepção de que pode haver uma saída britânica da União Europeia sem acordo também pode levar a instituição a uma maior acomodação.

A libra esterlina perdeu força depois de a decisão de política monetária do BoE, apoiando as empresas exportadoras. Além disso, a alta de quase 6,0% no petróleo em Nova York após tuíte do presidente americano, Donald Trump, condenando o Irã por ter der derrubado um drone americano supostamente no espaço aéreo iraniano. Nesse sentido, as mineradoras BHP (+2,02%) e Glencore (+1,23%) e as petroleiras Royal Dutch Shell (+1,15%) e BP (+1,42%) avançaram e apoiaram o índice FTSE 100, da Bolsa de Londres, que subiu 0,28%, para 7.424,44 pontos.

No mesmo sentido, a empresa de energia italiana ENI avançou 0,96% na Bolsa de Milão, sendo uma das ações mais negociadas. O índice FTSE Mib avançou 0,66%, para 21.361,44 pontos.

Ainda na esteira das discussões de política monetária, o vice-presidente do Banco Central Europeu (BCE), Luis de Guindos, afirmou nesta quinta-feira que, por enquanto, cortes nas taxas de juros “são apenas uma possibilidade”. A fala fez com que as ações do setor bancário caíssem nas praças do continente. O subíndice de bancos e instituições financeiras do Stoxx 600 apresentou o maior recuo setorial do dia, em 1,61%.

O setor liderou ainda as perdas na Itália, com destaque à perda de 1,62% do UBI, e na Espanha, com baixa de 1,13% do Santander.

O cenário não foi diferente entre os bancos alemães. Para além das sinalizações sobre política monetária ao redor do globo, o Deutsche Bank, maior banco da Alemanha, perdeu 2,78% no pregão de hoje por causa da informação de que a instituição está enfrentando uma investigação do FBI sobre um suposto esquema de lavagem de dinheiro. A Bolsa de Frankfurt, por sua vez, avançou 0,38%, em 12.355,39 pontos.

Em Lisboa, o índice PSI 20 recuou 0,04%, perto da estabilidade, em 5.096,95 pontos, enquanto o IBEX 35, de Madri, recuou 0,25%, em 9.208,50 pontos.

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